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terça-feira, 29 de setembro de 2009

No caminho das sibipirunas


Aqui observo uma primavera recheada de amoras doces, que tinge de roxo as calçadas cimentadas e a mistura da terra molhada dos caminhos meus sem calçamento. No fim da tarde o asfalto é morno, e em algumas vezes a garoa fria me faz andar com pressa se fazendo comparsa do relógio que corre a passos largos. Por aqui já saboreio as primeiras acerolas azedinhas, as pitangas vermelhas, e lá no alto, a mangueira segura suas mangas verdes. Através das minhas lentes de armação, às vezes embaçadas, outras nem tanto, vejo como me sobra pouco o tempo perto de você, como eu sinto a sua falta nesses dias de semana nublados e cinzas, quando venta muito e a chuva faz companhia se tornando tempestade, eu brinco com a idéia de estar conversando com você em pensamento.
Naquele último domingo de setembro às poucas nuvens brancas pareciam rasgadas no céu azul iguais rendas. Sentia um ar fresco que deslizava sobre mim enquanto andava ao seu lado em meio as enormes sibipirunas de copas verdes e pequenas flores amarelas, dividindo-as, fazendo-se caminho, havia um retilíneo e sem acostamento asfalto preto, que até onde o alcance da visão permitia, gerava uma imagem parecida a imagens da área de trabalho de um computador pessoal. Gosto de sorvete de frutas assim como você goste de bolacha de morango, gostamos de queijo e parece que os empanados de frango nunca abandonam a sua geladeira, assim como os dois litros de coca-cola zero. Gosto ainda mais dos nossos beijos individuais, aqueles que apenas um se movimenta enquanto os lábios do outro brinca de estátua. Gosto tanto de caminhar conversando e discordando das conversas de análises botânicas e opiniões divergentes de natureza lingüística. Não consigo perceber o que te faz me olhar tanto quando estamos no sofá, a idéia de estar sendo observado não me faz sentir confortável e por isso eu te questiono tanto, acredito que você já conheça os meus hábitos, ao menos alguns deles, já até os classificou de “cri-cri”, viu só, sou um menino “cri-cri”. Quando você está dirigindo percebo o toque da sua mão esquerda sobre a minha mão normalmente fria, eu fico feliz quando você em seguida sorri, ainda que depois eu estrague o clima perguntando, insistidas vezes, se você vai colocar o cinto de segurança. É engraçado.
Mesmo sentindo saudade disso tudo, eu entendo. Conheço os efeitos da distância, sei que é profissão da nostalgia preencher um coração solitário de lembranças fazendo sentir à falta das mensagens noturnas pelo celular, dos e-mails que não chegam, da voz mansa pelo telefone que conforta, de cócegas provocadas, de risadas frouxas. Sinto falta de um ser que parece ter a felicidade engarrafada, sinto falta de você.

domingo, 20 de setembro de 2009

Partindo


Ainda que finito seja, eu escrevo para que a nossa oração tenha um ponto final. Você vai reparar que as minhas descrições me desamparam, não estou em um estado para compor tão bem sem elas, já sinto a falta das conversas, delas, das nossas conversas.
Preciso defender a idéia desse menino que sofre por antecipação, da distância que não permite estar ao lado, dos afazeres cotidianos que constroem as piores barreiras para aqueles que necessitam de pontes.
Conheço as idéias dos rejeitados, dos inconsoláveis, das pessoas que amam, conheço a aflição do desejo inatingível, do beijo solitário, da vontade unitária, consumidoras da esperança de um ser que ama.
Parto daqui, com a vontade de não tê-lo feito, parto deixando explícito esse recado, que deveria dizê-lo ai, segurando a sua mão e mirando você. Não se perca, estarei aqui ,como disse a música:
“You're never gonna be alone From this moment on If you ever feel like letting go. I won't let you fall. You're never gonna be alone. I'll hold you 'till the hurt is gone”.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Uma Pinha

Era manhã de segunda-feira quando, meia hora mais cedo, eu chegava para trabalhar, sobre uma grama verde viva descansava uma porção de paina branca como se o jardim do parque parecesse um jardim de inverno da América do norte, ao lado da paineira, um pinheiro, não tão grande quanto a sua vizinha, parecia intocável pelo vento que o cobria de uma fibra sedosa que parecia neve, os ipês roxos e amarelos ajudavam colorir o ambiente dando a paisagem um aspecto ligeiramente parecido a um filme de comédia romântica americana. Escrevo para dizer a você que me surpreendeu essa sua iniciativa, você me tem surpreso, feliz e encantado, e mais uma vez releio, como tenho lido repetidas vezes, àquela carta perfumada que chegou sexta-feira passada dentro de um envelope azul composto de uma pequena folha de bordo e de uma caligrafia tímida com letras manuscritas verdes brilhantes. O final de semana foi divertido, o sábado foi de uma manhã rápida, de uma tarde de estudo na faculdade e uma noite agitada com música eletrônica e amigos. O domingo foi tranqüilo alternado entre cochilos repentinos, caminhadas recheadas de conversas maldizendo a segunda-feira e esfihas de queijo e carne. Agora anseio a sua presença, os dias da semana obviamente não serão iguais como os passados ao seu lado, espero que em breve possamos nos ver, talvez você desconheça as coisas que mais me chamam atenção em você e para evitar que eu fique constrangido admitindo isso, eu as cito como que em tópicos de um livro de receitas: gosto tanto dos seus olhos quando fixados nos meus a uma distância curta de um respiro. Gosto da maneira diferente como você fala o meu nome, de como adotou espontaneamente as minhas brincadeiras infantis, e da prática da sua generosidade, a incrível sensação de segurança que você me proporciona, mesmo quando a verdade é inaudívelmente dolorosa. Quando me toca, parece querer de verdade estar comigo, quando diz que ainda tem muito pra fazermos juntos e que a pretensão de me apresentar aos seus amigos é eminente. Acho tão atraente seu corpo, me perco entre seus braços aconchegantes, entre nossos beijos apaixonados. Caminhar com você é tão prazeroso, assim como deitar e ficar conversando até que o sono chegue, se for deitar sozinho que seja para te ouvir tocar. Aquele dia que você comprou um suco de pêra para jantarmos, pra mim foi gesto tão delicado, porque você soube, pela minha língua comprida, que prefiro suco a refrigerante. Dos nossos gostos em comum tem aquele queijo de trança e do óleo de oliva. Das nossas incompatibilidades há a carne de porco, que eu acho deliciosa e o tempo diante da tv que você aproveita.
Ainda que eu tenha muito a observar, eu só tenho a dizer que esse tempo tem sido maravilhoso, que não passe um só dia que eu não pense em você e que é a saudade que domina as minhas noites solitárias. Eu não me esqueço dos momentos vividos, até uma lembrancinha eu tenho das nossas caminhadas, aquela pinha eu guardo-a em cima da minha mesa de trabalho, para me lembrar cada dia como ela foi escolhida, no caminho dos nossos passos ela me esperava.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Manta de bebé

Hola mi niña, espero que te encuentres bien, me siento avergonzado a veces por no escribirte desciendo como estoy y que me esta pasando, también extraño tus cartas y nuestras cosas compartidas, aun que estamos lejos en la distancia, creo que siempre estaremos cercanos en nuestro mundo.
Ahora hace sol, porque pienso que Dios ya se canso de nos regalar tanta agua, los días hace calor y las noches son frías, lo asfalto se ve negro cuando llego de la universidad, a veces mojo en camino hasta mi casa y eso no me gusta, pero me hace pensar que a ti le gusta la lluvia. Pienso frecuentemente en ti, si pasa bien, y como estas todo en tu vida. Tengo salido en los finales de semana con mis amigos, bailado, escribido, y extrañadote. Ayer leí tu mail, wow! Una coberta de bebé, pienso que se quedo muy tierno.
Cambie de lugar de trabajo, ahora estoy en una casa en un parque, como una plaza vasta llena de árboles, es una casa amarilla, ¿puedes creer que significa eso? Aquí es el punto más alto de la ciudad, puede mirar la ciudad entera de aquí, me gusta, aunque la sala es pequeña y todo se quedo desarreglado y apretado, estamos con cinco personas en una sala, tengo una mesa con mi computadora, un teléfono, sellos, clip, lapicera y tantas otras cosas para trabajar. En el final de semana fue al supermercado, y tú lo sabes como me gusta, compre una taza de cerámica blanca con hojas verdes, hermosa, pase en el pasillo de limpieza, organicé mi cuarto, tomé vino en la noche, como siempre, escuchando canciones.
Los días hay sido tan distinto, de tiempos detrás, ya no amo como antes, se fue, ya pasó, y a cada día mis cicatrices ya se ven con marcas menos profundas, pero el recuerdo me hace temer la idea de un futuro con otra persona, siempre pienso en mis errores y las cosas que tiento evitar, no quiero ser un niño perfecto, solamente no sufrir tanto por amor, ¿algo inevitable?
Sabes, idealizo tanto las cosas niña, que sonrío de mí mismo muchas veces, en la calle camino escuchando músicas y canto con Reik, Sin Bandera, James Blunt, Laura Pausini, Djavan, Luis Fonsi y tantos otros cantantes de mi mp3 rojo.
Me hace feliz saber que tu vida profesional camina a pasos largos y que a cada día experimentas nuevos desafíos, con entusiasmo y dedicación, aun sí que té falta el tiempo, sé que es feliz.
Mi madre sigue enamorada, pero creo que eso no la afecta tanto, al menos no como me afectaría, se muestra más vanidosa y aplicada, ya quiere volver a estudiar. Mi familia de Campinas, se queda igual, Mateus aun es un niño travieso, Cauê es un chico tierno y calmo, en lo sábado me regaló una remera negra con rayas naranjas, y me dices feliz cumpleaños tío Beton, jijiji... lindo! Hosana esta llena de tareas nuevas en el banco, en la escuela se ve muy bien y en con su novio no pelean tanto.
Felicitaciones a Carlos y a Loreto por la iniciativa del trabajo, participo de la misma opinión que la tuya, van ser niños mejores, mas responsables y maduros. Mande mis saludos a ellos.
Mi cumple fue un día de jueves muy bueno, gañe un zapato negro que cambie por un “zapato-tenis” marrón, gañe besos y abrazos de mis compañeros de trabajo, las niñas de la universidad me invitaron a ir al bar, tomamos cerveza, reímos, conversamos y escuchamos músicas. En el sábado fue a bailar con otros amigos, jeje... fue una noche muy divertida, pensé en ti, juntos bailando las canciones de “puts-puts”. Gañe un libro que se llama Para siempre – cincuenta cartas del amor. Es una elección de cartas de 50 autores adentre ellos brasileños, portugueses, ingleses, etc.
Hoy vuelvo a escribirte, escribo a ti de poco, por que no tengo mucho tiempo, y las veces pasean y son tibias. Ya es viernes, una mañana caliente de día azul, con poco viento y una sensación buena que el “finde” esta llegando. No tengo idea lo que decirte sobre Samuel, solamente quiero que sepas que todo lo que haces, creo que hace lo cierto, solamente el tiempo vas decir lo que es mejor para ti, sigue viviendo, pero no deje que eso cambie su manera de ser, o te transforme en una esclava o quizá que te haga mentir. Vives tu vida. Seas feliz, tú lo merece.
Creo que nosotros somos la pareja perfecta, jeje... escribiría eso igual que tu, por que lo siento y llena mi vida: “... el lenguaje creado por las canciones, NUESTRAS canciones son infinitas, es bello y sobre todo es compartido, merci por hacerme recordar que no todo en mi vida debe ser trabajo, debo tomarme un respiro y un momento para compartir contigo, para hacerte saber que NO TE HE OLVIDADO, que vives en mi, que siempre pienso en ti, no-pasa un día en que te recuerde y sonría o me ponga triste”.
Deseo ansiosamente que me conteste con frecuencia, aun que lo sabes, quiero que sepas que me encanta leerte, ahora ya me voy comer. Es viernes, tengo clases mañana en la universidad y eso me gusta por que platico con personas que no son de mi clase normal. Deseo que tengas un finde muy bueno, y que pronto volvamos a estar juntos, aunque en las cartas, en los mail, en nuestras canciones, en nuestro corazón. Te mando besos al cubo y al cuadrado. Sabes como te quiero y como eres importante en mi vida. Saludos a todos. Cuídate. Hasta pronto.

Con todo mis cosas verdes.

Sapito.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Choro por você, choro sem você.


Esse é o meu segundo post de músicas, um post diferente daqueles que publico em Asas de Angelo. Essa música me toca profundamente, para mim é fantástica, ainda mais na voz do Sin Bandera. Quero compartilhar com vocês.
Espero que meus leitores entendam a minha escolha e aos mais sensíveis estou seguro que adorarão essa música.
Vou tentar aqui descrever um pouco a essência dela, com uma leve inclinação das minhas melhores partes, uma delas diz assim: “Talvez você pense que eu estou louco e é verdade um pouco tenho que aceitar, mas se eu não te explicar o que eu sinto, você não vai me entender quando me ver chorar”. Aqui ele almeja ser totalmente explícito em relação ao seu amor, quer ser interpretado conforme imagina, ainda que ele sofra em fazê-lo.
Outra parte que é fantástica segue: “A vida me disse a gritos, que eu nunca te tive e nunca te perdi, e me explicava: Que o amor é uma coisa que se dá de repente de forma natural cheio de fogo, se você o força ele se vai, sem ter principio chega a seu final.” Ele instruiu-se à aceitar que não se reivindica algo que nunca possuiu, porém aprendeu que tudo provém do natural de uma maneira espontânea sem pressões, caso contrário acaba.
Tão importante quanto as outras partes é a explicação que ele dá para a pessoa amada sabendo ‘… que é uma coisa que se dá de repente de forma natural cheio de fogo’ ele diz sobre a conseqüência que o amor provocou nele, que somente agora ela pode entender o que o causou enquanto o tocava, e enfatiza na frase ‘... e não volte se não quer ver’ ele a espera, mas também espera que ela tenha a decência de não voltar a vê-lo se nada sentir: “Agora talvez você pode entender, Que se você me toca, queima a minha pele, Agora talvez você pode entender, E não volte se não quer ver...”. Agora sim ela entenderá que quando o toca, a pele dele se queima, como ele sugere, o amor é feito de fogo.

Abaixo na íntegra:

(Que lloro – Sin Bandera)

Quedate un momento asi no mires hacia mi, que no podre aguantar.
Si clavas tu mirada que me hiela el cuerpo, me ha pasado antes que no puedo hablar,
Tal vez pienses que estoy loco y es verdad un poco tengo que aceptar, pero si no te explico lo que siento adentro no vas a entender cuando me veas llorar.

Nunca me senti tan solo como cuando ayer de pronto lo entendi mientras callaba.
La vida me dijo a gritos que nunca te tuve y nunca te perdi y me explicaba, que el amor es una cosa que se da de pronto en forma natural lleno de fuego,
Si lo forzas se marchita, sin tener principio llega a su final.
Ahora tal vez lo puedas entender que si me tocas se quema mi piel, ahora tal vez lo puedas entender y no te vuelvas si no quieres ver...

Que lloro por ti, que lloro sin ti, que ya lo entendi, que no eres para mi, y lloro”.

Mi Regalo

Agitado, abri aquela caixa amarela do correio com meu nome impresso sobre um retângulo branco, no verso um destinatário de uma caligrafia apreensiva azul me fazia sorrir rápido e ansioso. Descobri ali dentro um cartão, uma carta e um livro. Ainda ignoro qual desses detalhes me fez tão feliz naquele instante, são particularidades que significam muito pra mim, do mesmo modo que as canecas de louças, os tons de verde, as músicas latinas, as gérberas e outras tantas que não substituem a minha identidade individual, tão característica desse menino que cresceu. Ontem choveu a noite inteira, pela manhã caminhei de havaianas e bermudas, tão de mansinho como um gato tranqüilo, sob um sol tímido até o supermercado, era uma terça-feira, feriado municipal. Como é prazeroso andar paralelo as gôndolas do espaço destinado aos produtos de limpeza, ainda que para alguns, isso soe ridículo ou incabível, para mim é um prazer inigualável, mesmo que eu desconheça da onde venha esse prazer tão peculiar, eu vivo.
Igual a ontem, agora chove e eu posso ler repetidas vezes esse cartão decorado de folhas verdes com dourado escrito felicidades, que descansava em cima da minha cômoda de cinco gavetas que encontrei abrindo agitado. O cartão era dotado de uma das minhas citações favoritas - Aos Corintios 13:1,2 que me encanta tanto, um inglês fácil e um espanhol rabiscado compondo uma mensagem de aniversário, datada e assinada.
Ganhei também uma carta de quatro páginas impressa em um texto justificado de cor vermelha tudo sobre em um sulfite A4 branco de bordas cinza, você narrava o cotidiano, o passado de uma forma tão sua, com seus minuciosos detalhes recheados dos meus livros, meus filmes e das minhas músicas preferidas. Acredito que propício seja, eu transcrever uma das partes que mais me chamou a atenção, assim eu lia um pouco abaixo da metade daquela segunda página: “Quero ser um ‘Caçador de Pipas’ saber que ‘O Amor está no Ar’ descobrir os ‘Segredos’ do ‘Enigma do Príncipe’, lutar contra o ‘Orgulho e Preconceito’, recuperar ‘As relíquias da Morte’, passar por tudo, por milhares de ‘Kilometros’, dizer a ti ‘Angelo mio’, Tocar ‘O Piano’ e sonhar em ser um milionário e dizer ‘Jai Ho’... em uma ‘Primavera in Anticipo’”. Reconheço como foi difícil calibrar esses detalhes tão íntimos em um texto, eu me sinto muito feliz por ter dedicado um tempo para me fazer feliz.
Junto dos meus outros livros há agora um novo companheiro, de 165 páginas composto na fonte fairfield e impresso em pólen bold 90 g no inverno de 2009.
Depois disso, escuto uma das minhas canções italianas favoritas, imortalizadas nas páginas dessa carta, ainda que em português não desvie do seu total significado que escrito estava: “E desculpe se te amo e se nos conhecemos uns dois meses ou pouco mais. E desculpe se não falo baixo, mas se não grito, morro. Não sei se sabe que te amo”. (Imbranato – Tiziano Ferro).

Folha de Bordo


Já é terça-feira, prometi que escreveria para você, é meia noite e ainda não fui dormir. Era sete de setembro um pouco depois das oito da manhã, abri os olhos devagar enquanto eu sentia que seu braço direito cobria o meu peito sem camisa, a sua cabeça levemente inclinada parecia apoiar-se na minha, a serenidade participava do seu sono e eu espiava você dormir te velando.
Você conheceu como sou pela manhã, e como é diferente dormir com um menino que é espaçoso, com pés frios e mãos geladas, que pouco a pouco se esquenta dormindo rápido. Depois de amanhecer, nos vestimos e logo depois de tomarmos aquele capuccino forte com algumas bolachas de chocolate, caminhamos por ruas largas e desconhecidas, fiquei fascinado pelo lago verde enorme, rodeado por árvores dançantes e pessoas animadas e ativas, correndo e andando ao lado dele. Encontramos aquela árvore de folhas recortadas que tem na bandeira do Canadá, se chama folha de bordo, plantada na calçada de uma bela casa no final daquela rua íngreme que subimos sob um sol quente daquela manhã de segunda-feira.
Conversamos sobre a maioria dos assuntos, ouvia atento, me revoltei quando você comentava sobre assuntos que tratamos somente com amigos, embora as suas idéias sejam inaplicáveis eu ri enquanto você classificava as minhas como quadradas e pré-históricas. Ah não me importo, ainda que haja opiniões adversas, defendo as minhas como parte de mim, do que sou, ainda que elas sejam pequenas e estreitas, aquilo que creio não renuncio. Não desejo dividir lábios, mesmo que não haja envolvimento emocional, equilibro minha libido, meu instinto. A distância separa, atrasa, porém presenteia com a calma e cautela. “A ausência diminui as paixões medíocres e aumenta as grandes, assim como o vento apaga as velas, mas atiça as fogueiras”, assim escreveu Machado de Assis.
Observei como você data as suas folhas de música, naquela noite no cyber café, de como carimba seus livros ainda não lidos, a maneira simples com que você usa aquela camisa branca puída pra dormir, a sua preocupação em usar o secador depois do banho, a sua inibição de nudez, o desgosto em ir ao supermercado, sua paixão por óleo de oliva, fotografias, músicas americanas. Apresentei a você músicas de Isabela Taviani, Djavan, Adriana Calcanhoto, Colbie Cailat, e cantamos Sin Bandera, o meu gosto por músicas latinas é incomum, mas elas me fazem justiça quando tocadas por você, são sensíveis, e cheias dos meus atos inventados. Mais uma vez estou separado do seu abraço quente, compartilhando o tempo com a saudade embalada pelas minhas canções que recorda ao passado que acariciava seu corpo e beijava seus lábios dividindo um sofá de três lugares da sala invadida pelos raios solares daquela tarde maravilhosa.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Gérberas - são a beleza, inocência e pureza.







Um Presente Emocionante!

Anjo,
Antes que amanheça o dia,
Quero que você durma como se estivesse deitado nas nuvens,
E sonhe comigo,
E me abrace,
E me beije...

E quando amanhecer o dia três de setembro,
Um dia de inverno, mas próximo da primavera,
Que todos os raios de sol o lembrem de como você é querido,
E amado,
E desejado...

E quando terminar a quinta-feira,
Tenho tantos desejos que não caberiam aqui,
Mas que você tenha tido,
Um mágico e especial e maravilhoso
DIA DE ANIVERSÁRIO

Parabéns meu lindo!
[J]²