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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O Balanço de 2009

Falta pouco para que 2009 passe a ser o ano do passado e 2010 torne-se o ano do presente. Foi em dois mil e nove que aconteceram coisas que eu não havia planejado para o ano todo. Estive no terceiro ano da graduação, fiquei com dez no primeiro estágio do trabalho de conclusão de curso, fortaleci os laços de amizade com as meninas da segunda fila da sala 209, chorei quando a Elis esteve no hospital, senti muita saudade da Mariann, conversei muito por Messenger e escutei música, conheci uma argentina maravilhosa, freqüentei aulas que a maioria da turma era do curso de direito. Dancei muito naquelas baladas de sábado a noite, me enlouqueci com os trabalhos do Moretti e as provas de final de semestre, li pouco livros, li muitos textos, assisti os melhores filmes. Conversei com a Vânia nos finais de semana ao som de Burt Barcarah, Bárbara Streisand, Vivaldi, Bach, MPB, Roberto Carlos, e tomamos cerveja e discutimos sobre as hipocrisias da nossa família. Perdi o amor da minha vida, sofri, chorei, me recuperei, superei. Ganhei um novo CD da Laura Pausini, perdi o show dela, ganhei um Dvd do RC, também não fui ao show dele. Ganhei presentes de aniversário, de natal, ganhei beijos, briguei com a Pi, fiquei estressado, tomei chuva, fiquei irado. Roubaram a minha bicicleta, fizeram uma rifa e compraram outra para mim. Passei no concurso para estagiário de uma autarquia estadual, passei de ano.
Dormi na minha cama de solteiro muitas vezes esse ano, dormi no chão quando eu não estava em casa, viajei pra praia, namorei, amei.
Fui à formatura da Amanda, Assisti Potter, revi Orgulho e Preconceito, ganhei o livro da Luiza de amigo secreto. Não organizei as minhas caixas de recordações, comprei um travesseiro novo, roupas de cama em branco, amarelo, azul e laranja. Fronhas verdes. O Blue seduction acabou. O trio parado dura se separou: o Dalton se aposentou, a Elis ficou no Cadastro imobiliário e eu no fiscal. O Tom foi para os States, fizemos festa de despedida, tomei sorvete, caminhei, escutei muita música em espanhol, fui muito feliz, fiquei deprimido, perdi o ônibus, viajei pra uma cidade nova, fui pra São Paulo, conheci pessoas diferentes, fingi ser o forte, quando por dentro eu era fraco.
Fiz um blog, publiquei textos, meus amigos me leram, meus amigos me elogiaram. Armamos à árvore de natal, o gato brincou tanto com ela que queimou o pisca-pisca. Conheci você. Ufa!
Foi um ano repleto de coisas que é impossível lembrar de tudo, mas ainda persistem as minhas manias. Eu continuo não gostando de legumes, continuo adorando os lançamentos da Natura, em especial os sabonetes, de leite condensado, de verde, de espanhol, de tomar cerveja com as meninas da facul, do vinho artesanal, do strogonoff de frango da Pi, das irritantes perguntas da Dona Hosana, continuo acordando que nem um zumbi e dormindo perto da uma da madrugada. O Cats’beer tá aqui ainda, manhoso e preguiçoso. Chegou a Úrsula, a Sara tá enorme, que nem um pônei... E é verão de ruas molhadas e dias cinza, e isso foi uma síntese do balanço de 2009. Que seja bem-vindo 2010. Uma página em branco de novas histórias.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Sob o guarda-chuva

É noite de segunda-feira. Chove fraco e eu tomo alguns poucos goles de Cabernet Sauvignom Syrah ouvindo aquelas músicas de ficar abraçado em noite chuvosa.
Percebo que você me apetece deliciosamente, percebo que a distância que nos separa é alimento pra saudade que rompe no meu peito ou qualquer parte do meu corpo procurando o seu sinal de vida.
Talvez seja transparente dizer, ou talvez não prudente dizê-lo, mas eu sinto a vontade imensa de poder tocar você por inteiro agora, sinto vontade de beijar seus lábios e escorregar por entre seus braços sem um rumo fixo.
Não vou narrar os medos previsíveis de um garoto que teme o futuro desconhecido, vou narrar à coragem do homem que desbrava os caminhos sem o medo no olhar, preservarei a valentia infantil que é dotada às crianças que estão aprendendo andar de bicicleta.
Se conhecesse a arte de ler as mãos, interpretaria as linhas das suas em uma sentença favorável de um futuro ao meu lado. Se eu conseguisse ler borras de café em uma xícara de borda larga, veria as previsões tão utópicas que faria as minhas covinhas marcantes salientes e seu riso fraco me contagiar até o meu corpo estremecer.
Gosto de como você me olha de longe, e como me acaricia devagar, gosto do seu beijo tímido e dos seus beijos na minha nuca, gosto das suas letras e da sua cautela. Gosto da sua personalidade e do seu cabelo de fogo, do barulhinho que sai do seu sorriso e da sua voz ao telefone.
Ainda quero conhecer a sua caligrafia, quero conhecer como são seus olhos molhados e o seu rosto de alegria quando eu estiver chegando.
Se você soubesse como são as minhas noites sem a sua presença, como caminho pela manhã quando o sol me faz refém, me tornando aquele japonês de olhos entre abertos. Descreveria você através das poucas horas que passamos juntos, de como conheço pouco de você: as suas cotidianidades, as suas implicâncias, as suas preferências. Talvez eu seja falho em mencionar essas características, mas diria assim para o amigo que compartilha os melhores momentos: Sobre mim, me causa um efeito que me toma o corpo, que eu pareço um palhaço que não sei onde eu achei a alegria, essa que invade e permanece naquele sorriso que não sai dos lábios, e por dentro eu me sinto confortável. Como os detalhes me fazem bem, embora eu os oculte de você, e que possa parecer que eu os não reconheça. Pareço redundante? Acho que sim, é porque eu escrevo a você, queria que se tornasse belíssimo, meio bobo, meio Angelo.
Não queria parecer que compartilho daquelas frases feitas, de romances de gaveta, mas ainda que se assemelhe e essas bobagens. Espero que aceite. Por que eu não agüentaria viver sem seus beijos nem um só dia mais.
Vamos esquecer o passado, os monstros daquele tempo, vamos escrever uma história singular, do verde e do azul, do ARBO e do bonequinho de neve, da melancia e suas sementes, do menino na janela, do menino de pijama, da garoa tímida que cai transformando-se em chuva.
Posso parecer um tanto prepotente, mas eu acredito que acredito em você, que acredito em mim, que acredito em nós. E com esse pensamento eu sigo, eu vivo e a cada dia eu penso mais em você, mais que ontem e ainda mais do que o dia em que eu o convidei: - Vamos praticar espanhol?

Detrás de esa ventana


O garoto saía de casa com um pedaço de melancia na mão. Ele adorava melancia, mas não gostava das sementes que ali se espalhavam. Ao sair pela porta, uma garoa extremamente fina tomou o céu. Colocou um dos pés descalços para fora e recolheu rapidamente. Mas não por conta do respigar. Era por outro garoto que comia um pedaço de melancia, da janela de sua casa. Sentiu o coração gelar, as mãos estremecerem, as pernas ficarem agitadas e bambas. Ele já sabia que seu futuro estava ali, bem em frente da sua porta. E, por isso, sentiu-se esquisito.

Durante vários dias, o garoto ensaiou para sair de casa e pular a janela do outro garoto, que possuía covinhas. Comprou um novo tênis, penteou os cabelos, até passou perfume. Mas a garoa, a melancia, o garoto na janela, e a consciência do futuro o faziam travar. Ele não conseguia dar um passo sequer, se movimentar coordenadamente: as pernas tremiam muito, e por várias vezes caiu (!). Até que, com o vidro embaçado pelo vapor da boca, que encostava pela vontade de ver mais de perto, o garoto da janela resolveu escrever algo para ele. “Hola, quiero estar em tu vida. ¿Puedo?”.

Sem jeito, o garoto demorou a responder. Ensaiava com freqüência e pensava muito, até que o vapor simplesmente sumiu. E ele ficou triste por ter demorado a responder e deixar escorrer pelos dedos aquela oportunidade. Para sua sorte, no outro dia, o garoto da janela estabeleceu contato novamente. E mais que depressa respondeu: “Hola, yo no sé hablar español muy bien. Pero quiero que estés en mi vida, sí”. E todos os dias eles se comunicavam.

Sair da janela, caminhar até o outro lado da rua, porém, não foi uma tarefa fácil. O garoto já amava o menino da janela, mas sentia medo da sua melancia e da melancia que ele carregava. Todas possuíam muitas sementes, que eles faziam questão de exibir, cada um em sua janela. Por alguns dias de garoa, ficou de costas para a janela e até disse “No vamos a hablar”. As noites silenciavam e a amargura tomava aqueles corações, que voltavam a se unir.

Em uma tarde quente e chuvosa, decidiram brincarem juntos em frente à casa dos anjos, bem longe de suas casas. O garoto vestiu uma camiseta verde e, comendo sua melancia, ficou sentado esperando. Os ponteiros demoravam a passar e a cada minuto tentava alguma ligação com sinais de fumaça. “¿Dónde estás? Te quiero aquí”. E ele chegou. Com uma mochila das costas, covinhas evidentes, melancia na mão e sorriso mais que encantador, ele encontrou os olhos do garoto. Abraçaram-se profundamente, embora sem jeito.

Talvez eles nem tenham notado, mas a fina garoa se transformou em chuva. Afinal, os anjos daquela igreja choravam com a união daquelas almas. E assim como as gotas que brotavam do céu, todas as sementes de melancia tocavam o chão.
Neto Lucon

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Belezinha


Belezinha diz:
Que fico pensando em você...
Que eu gosto de escutar sua voz...
Fiquei achando que vc não gostou de mim...
Fiquei com ciumes das pessoas que ficaram com você, sendo que eu não tinha te beijado até então.
Que adorei ter te visto a tarde... que queria te beijado antes de ir embora.
Que gostei muito da sua pele... De dormir com você.
Das músicas que você colocou naquele cd, dos seus beijos.
Do seu jeitinho, do seu sorriso.
Que odiava toda vez que você falava do passado, ou das experiências na balada.
Enfim...
Talvez não exista uma pessoa "do mau". Talvez exista sim. Mas talvez eu só tivesse medo de sentir tudo isso que você me faz sentir.
Belezinha diz:
Sei que você pode não querer mais depois das coisas que fiz e dizia - e eu entenderia... - mas eu não consigo te esquecer.
E não vejo a hora de te ver de novo.
E sinceramente, a melhor parte do dia é quando sinto você perto de mim - através das mensagens, de e-mail e aqui.
Todas as vezes que queria ir embora é pq me incomodava eu gostar tanto de você. Pq vc me faz tão bem...
Como se fosse uma droga boa...

domingo, 13 de dezembro de 2009

Mis mejores canciones por ahora


A Encontrarte - Sin Bandera

Caminando veo la vida, veo que va desentendida, sin preocupación. Veo que sin razón el mundo nos aplasta en un segundo, esconde el amor. Lo que necesito es dejarme descubrir, lo único que quiero es detenerme junto a ti, aun no te conozco y ya te puedo distinguir, quiero hallarte para amarte. Estas en cada paso en cada instante siénteme, te puedo tocar y cada vez que mire hacia delante tu mirada me llevará. Dibujando veo el futuro como un niño me aventuro a la imaginación. Ese mundo sin bandera, siempre con la fe de fuera, hoy ya no es ilusión. Cerca te llevo de mí, tú eres quien me hace sentir que si a veces duele la vida no duele si voy a encontrarte


Que Me Alcance La Vida - Sin Bandera

Tantos momentos de felicidad, tanta claridad, tanta fantasía, tanta pasión, tanta imaginación y tanto dar amor hasta llegar el día, tantas maneras de decir Te Amo no parece humano lo que tu me das. Cada deseo que tu me adivinas, cada vez que ríes, rompes mi rutina y la paciencia con la que me escuchas y la convicción con la que siempre luchas, como me llenas, como me liberas quiero estar contigo si vuelvo a nacer. Le pido a Dios que me alcance la vida y me de tiempo para regresar aunque sea tan solo un poco de lo mucho que me das, le pido a Dios que me alcance la vida para decirte todo lo que siento gracias a tu amor. El sentimiento de que no soy yoy que hay algo más cuando tu me miras la sensación de que no existe el tiempo cuando están tus manos sobre mis mejillas, como me llenas como me liberas, quiero estar contigo si vuelvo a nacer.


Si Me Besas - Sin Bandera


Sé bien que ya no puedes dormir. Sueñas que yo sueño junto a ti. Sé bien que no quieres despertar sin mí. Yo sé que no hay nada qué perder. Que tú puedes ser esa mujer. La piel de la noche y del amanecer. Mírame no lo pienses más. Déjate llevar.
Si me besas una vez. Pongo el mundo a tus pies. Por tus labios pierdo la razón. Si me besas dos o tres. Mil estrellas bajaré. No hay medidas para el corazón. Si me besas una vez, yo vuelvo a nacer. Lo sé tienes miedo yo también. Lo sé es difícil de entender. Hablar sé que puede hacernos tanto bien. Es nuestra oportunidad. Basta de esperar.


Noviembre Sin Ti - Reik


La tarde se aleja, el cielo esta gris, la noche aparece sin ti.
Callado en la playa, te lloro en silencio otra vez. Me ahoga esta pena, no puedo vivir, las olas no me hablan de ti. Sentado en la arena escribo tu nombre otra vez. Por que te extraño desde aquel noviembre, cuando soñamos juntos a querernos siempre. Me duele, este frio noviembre, cuando las hojas caen a morir por siempre...
Noviembre sin ti, es sentir que la lluvia, me dice llorando que todo acabo.
Noviembre sin ti, es pedirle a la luna que brille en la noche de mi corazon, Otra vezz...Oh oh... otra vez...
Quisiera decirte, que quiero volver, tu nombre va escrito en mi piel. Ya es de madrugada, te sigo esperando otra vez. Por que te extraño desde aquel noviembre cuando soñamos juntos a querernos siempre. Me duele, este frio noviembre, cuando las hojas caen a morir por siempre...

Amores extraños - Laura Pausini

...Y cúantas noches lloraré por él. Cúantas veces volveré a leer aquellas cartas que yo recibía cuando mis penas eran alegrías. Son amores esporádicos, pero en ti quedarán. Amores, tan extraños que vienen y se van. Ya sabia que no llegaría, esta vez me lo prometeré, tengo ganas de un amor sincero. Ya sin él...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Melancia


Há meses que não escrevo algo assim para ninguém, e agora você me proporciona a oportunidade de escrever o que eu pensei que tão depressa eu não faria. O dia segue diferente de ontem. Hoje sobre as nuvens há um sol tímido que aquece lentamente as ruas daqui. É pouco mais de dez da manhã e eu reservo um tempo para escrever os meus infortúnios. Confesso que me falta coragem para insistir mais nesse relacionamento tão peculiar. Contudo se demonstrasse uma motivação interior de idéias transparentes, ou quem sabe uma inclinação de um desejo que me fizesse acreditar que em vão nada seria, eu acredito que desenvolveria a insistência tão logo que me surpreenderia com tal rapidez.
Relembro as conversas de questionamentos tortos, de caminhos obscuros que jamais outro par se proporia a oferecer um ao outro. Ainda que pouco sei de você posso detalhar o seu gosto pelo azul e as suas variantes, a sua espontaneidade pelos assuntos mais cautelosos, o seu senso de humor leve e a sua insistência de ocultar as respostas das minhas pertinentes perguntas insistentes.
Hoje mora aqui dentro um sentimento que chegou de pronto, ele já tinha ido há tempos e eu não mais me lembrava as suas reações adversas. De verdade, eu não fui tão esperto quanto eu pensei que poderia ser, caminhei pelo campo, descalço e desprotegido. Mostrei aquilo que sou sem censura e consenti a porta aberta como se tivesse coberto de alguma película indestrutível e impenetrável. Claro! Deixei que a minha própria sorte cuidasse do meu coração que acreditava na impossibilidade de acolher outro habitante.
Sinto a saudade daquilo que não tive, do abrigo que procurei, do olhar que nunca conheci, do som da sua voz que me fez feliz ao telefone. Provocando o meu riso de covinhas marcantes, o conhecimento que a minha presença instigava um movimento das suas pernas inquietas, da sua preocupação do encontro e do seu medo de apaixonar-se.
Deixo que parta, para que logo isso evapore de dentro de mim, para que eu possa relembrar desse momento como se fosse mais um dia que vivi apaixonado.
Não temo, ao contrário de você que não saboreia a melancia só por ela cometer o sacrilégio de conter sementes; vivo para amar, vivo para sangrar, vivo para viver, entre todos os possíveis cenários que o ser humano é capaz de criar e desenvolver-se.
Um beijo, fique bem e até logo.