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segunda-feira, 29 de março de 2010

No silêncio do seu quarto


Senti o seu toque intenso de dedos quentes que caminhavam pelo meu corpo pausadamente, como se fosse à forma mais delicada de tocar uma bela pétala de orquídea rara. Enquanto a noite se mantinha, o breu do seu quarto fazia com que a lua cobrisse nossos corpos com o seu brilho iluminado que ultrapassava a janela aberta. Ao passo que você me despia, seus olhos penetrantes invadiam os meus, eu era preenchida pela satisfação e prazer envolvente dos seus lábios, do seu toque, dos seus abraços.
Invejo a idéia de esquecimento, porque conservo as lembranças e a readquiro sem grande esforço o momento que passei junto de você. Hoje já não vivo as minhas segundas-feiras normalmente.
Ainda que pareça ingenuidade ou mero desvio de imaturidade, escrevo a você para que conheça o que a sua presença provocou em mim.
Não me faço de fraca, sonhadora, idealizadora ou talvez utópica. Mas é sensível perceber que o meu equilíbrio é você. Acho incrível o seu senso de humor, a sua maneira afetuosa, e a sua personalidade. É invejável como a felicidade me preenche, depois de tanto tempo sem tê-la repousada dentro de mim outra vez. Quando você me diz que as suas objeções encontram em mim suas respostas, eu enrubesço.
Anseio seus beijos, por que neles encontrei o doce sabor da paixão, desejo seu corpo porque nele descobri o equilíbrio, anelo seus sonhos por causa dos meus objetivos, aprecio suas particularidades, por que partes delas já são minhas características.
Não disponho de argumentação necessária para transformar a sua decisão de distanciamento, porém se a distância é o nosso destino, que ela aconteça.
Espero que futuramente isso não caracterize arrependimento tardio, ou que classifique uma decisão precipitada, calcada em um medo imprevisível de atitudes preconcebidas.
Seja feliz, busque realizar seus objetivos, ame mais, pratique o desprendimento do medo. Se um dia você pensar que errar é um caminho árduo, por que pensando bem terá que refazer suas atividades, peço que não desista, não se subestime. Somos capazes e dotados de inteligência, confie mais e seja amável. "O maior erro que você pode cometer é o de ficar o tempo todo com medo de cometer algum." William Shakespeare. E lembre-se de mim, como a pessoa que estava aprendendo a amar você. ”Para suportar a tristeza basta um, mas para desfrutar a felicidade são precisos dois." Elbert Hubbard.
Um adeus, daqueles de abraço apertado, sorriso largo, regado com lágrimas mornas.

quinta-feira, 11 de março de 2010

É cego!


Certa noite, eu tive o desprazer de conhecer o por que eu não namoraria mais. Foram citações, permeadas de asco que refletiam a minha decisão, uma solução.
É certo que não sei disfarçar o meu estado de espírito, quando eu estou triste, ou quando o quarto escuro é a minha melhor palavra-chave.
Recolhi, as suas injurias e as numerei, para ter a certeza que não tomei um julgamento precipitado.
Eu estou vendo você sofrer por mim e isso me inquieta, me machuca. Eu não sou o cara que faz você pensar que isso são pedrinhas e que você pode chutá-las. Que isso são temperamentos passageiros, e o importante é viver e saber que eu estou aqui, mesmo existindo momentos de carência excesssiva, ou tristeza momentânea, eu não estou bem, assim como você, como todos nós seres humanos.
Sinto-me julgado pelos meus defeitos, e a sua sentença é a minha falta de amor, apenas por que não sigo uma cartilha, aliás eu desconheço a formula correta?

Li:

"Vc não parece ser uma pessoa apaixonada por mim.
Alguém que assopra os meus beijos não parece gostar.
Alguém que fica falando de corpo.
Alguém que fica de cara fechada na balada.
Que fica de cara fechada no almoço".

Você não percebe que os meus olhos brilham quando eu falo no telefone com você e a minha voz se torna outra. Isso é invisível aos olhos. Vamos a um show sertanejo em maio? As meninas da faculdade vão. Ia ser um convite, porém, hoje você chegou repleto de maltrato mascarado, de ofensas efêmeras. Você venceu, eu digo. Sou culpado.

Vc me ama? Eu pergunto.
- Amo, muito. Você responde.
Acho que não, porque o amor é cego e você vê todas as minhas irregularidades. Eu concluo.

domingo, 7 de março de 2010

Obrigado!


É a segunda semana de março e o ano começa preguiçosamente, se assemelha as minhas mordidas que mimo seus lábios tão apetitosos. É madrugada de domingo que alicia uma segunda-feira repleta de rotinas domésticas, escolares e trabalhistas. Eu me perco escrevendo pra você, por que o sono se esqueceu de mim nessa noite. Se você percebesse a minha interferência, acredito que não adormeceria, eu vigio os seus pensamentos daqui da minha cama nessa noite quente que o meu sono tardou.
Eu desconheço a causa da minha ansiedade repentina e do meu desejo inesperado pra conseguir substituir sua ausência aqui nos meus braços; alio a vontade de sentir o seu carinho, com a memória do seu sorriso, que vejo através dos meus olhos estreitos, de lembranças pescadas em um mistério profundo de perspicácia estampada na felicidade do seu abraço. Guardo seus beijos nos bolsos do meu jeans, nos bolsos da minha camisa, os busco a cada vez que desejo você perto de mim. Embora eles não apresentam o mesmo vigor de uma fruta fresca, eles me satisfazem temporariamente.
É um silêncio aqui. Como se as estrelas em algum lugar olhassem para o chão e esperassem sempre a noite ir e o sol vir. E parece que o meu murmúrio tem capaciade própria, inconsciente eu digo:
Vem! Abrace meu corpo morno e converse comigo. Quero as palavras doces que os meus ouvidos almejam escutá-las. Beije-me lentamente ao som de “More Than This”, enquanto eu afago seus cabelos em movimentos lentos, me faça sentir único, nesse momento tão celestial.
Se eu chorar, não me reprima, pode ser um sinal de felicidade que eu exponho com cuidado, olhe dentro dos meus olhos úmidos e repita que me ama.
O seu beijo vai me preenchendo lentamente, aquele vazio que eu sentia, eu não mais o conheço. Você me completa.
É difícil admitir que as brigas toscas são reflexos da maturidade em desenvolvimento e da longínqua fórmula perfeita de se viver. Ainda assim eu as pratico com cumplicidade, recebendo os seus puxões de orelha e fazendo bico.
Escrevo para você, nessa noite solitária, na qual fisicamente você não me abraça, porém já está dentro de mim, o desejo e a ansiedade de apertar você.
Agora já é tarde, vou dormir pensando em você, se você já o fez, eu imagino que eu estava presente no seu último pensamento. Desejando-me boa noite.
Sou tão feliz, por conhecer a felicidade e compartilhá-la com você. Obrigado Deus por me presentear, obrigado amor, por me amar.