É madrugada de sábado, a noite é silenciosa por aqui e os ponteiros do relógio adiantaram-se em uma hora. Hoje eu começo com algo que espero saber dizer completamente. Sinto vontade de ter você em meus braços e o desprazer de não conseguir é aterrorizante, ouço a saudade melindrosa fazendo melancolia. Nessa noite larga sinto a sua ausência e em noites como essas, eu careço da sua presença. Por fim rompi a carapaça que me privava de externar o meu sentimento por completo, me desvencilhei do medo de declarar o meu amor, por simples medo de perceber que a coragem me faltava.
Sinto uma conhecida sensação que Neruda descreve em seus poemas, que Vinicius narrou em seus contos, sinto a felicidade agora, clara, nítida e tudo soa tão belo, tão suave, é indescritível. Ainda não sou dotado de tais argumentos para delinear a alegria que preenche o meu corpo quando você está sobre ele, quando nos vemos, ou apenas quando ouço a sua voz ao telefone. Sinto-me envolto a uma telepatia cotidiana, repentina e agradável. Sinto que devo romance a você, que falhei por não expressar as minhas frustrações ocultas, de um mero jovem desencorajado pelos tropeços do passado, pelas cicatrizes do caminho tortuoso do amor; porém hoje me sinto abastado de coragem e ternura pra dizer a você que me conquistou por completo, da minha essência; você captou o mais perfeito, do meu lado ruim; você respeitou e silenciou-se, me deixou livre, me fez elo, me faz feliz.
Por ora, tudo seria tão redundante, tão previsível, porém, isso não são desculpas para que eu deixe algo flutuando; mereço ser explicito, refinado a um toque sutil, de algo entrelinha, dos meus gostos, das nossas alegrias.
Prefiro ser ao seu lado, prefiro sentir a saudade, a não senti-la; comovo-me por saber que você me encontrou, que dos mais comuns, eu fui o escolhido; daqueles que buscam o amor, eu o encontrei. Sim! Existe. E se me foge as inspirações, ainda terão os seus abraços para me aquecer e os seus lábios para me inspirar, meu refúgio em noites perturbadas, meu caminho em dias nebulosos, meu prumo.
Sinto-me forte para dizer que são os seus olhos que quero que me olhe, que quero suas palavras a me elogiar, e dos seus cuidados para me devolver o equilíbrio. E se todas as cartas de amor são ridículas como já escreveu Álvaro de Campos, essa não será menos ridícula, por que nela é nítida a minha insanidade, a minha alegria e o meu amor por você.
“É assim que te quero, amor,
Assim, amor, é que eu gosto de ti,
Tal como te vestes
E como arranjas os cabelos e como a tua boca sorri, [...]
Chegastes à minha vida
Com o que trazias, feita de luz e pão e sombra,
Eu te esperava,
E é assim que preciso de ti,
Assim que te amo,
E os que amanhã quiserem ouvir
O que não lhes direi, que o leiam aqui.
E retrocedam hoje porque é cedo
Para tais argumentos. [...]
Sinto uma conhecida sensação que Neruda descreve em seus poemas, que Vinicius narrou em seus contos, sinto a felicidade agora, clara, nítida e tudo soa tão belo, tão suave, é indescritível. Ainda não sou dotado de tais argumentos para delinear a alegria que preenche o meu corpo quando você está sobre ele, quando nos vemos, ou apenas quando ouço a sua voz ao telefone. Sinto-me envolto a uma telepatia cotidiana, repentina e agradável. Sinto que devo romance a você, que falhei por não expressar as minhas frustrações ocultas, de um mero jovem desencorajado pelos tropeços do passado, pelas cicatrizes do caminho tortuoso do amor; porém hoje me sinto abastado de coragem e ternura pra dizer a você que me conquistou por completo, da minha essência; você captou o mais perfeito, do meu lado ruim; você respeitou e silenciou-se, me deixou livre, me fez elo, me faz feliz.
Por ora, tudo seria tão redundante, tão previsível, porém, isso não são desculpas para que eu deixe algo flutuando; mereço ser explicito, refinado a um toque sutil, de algo entrelinha, dos meus gostos, das nossas alegrias.
Prefiro ser ao seu lado, prefiro sentir a saudade, a não senti-la; comovo-me por saber que você me encontrou, que dos mais comuns, eu fui o escolhido; daqueles que buscam o amor, eu o encontrei. Sim! Existe. E se me foge as inspirações, ainda terão os seus abraços para me aquecer e os seus lábios para me inspirar, meu refúgio em noites perturbadas, meu caminho em dias nebulosos, meu prumo.
Sinto-me forte para dizer que são os seus olhos que quero que me olhe, que quero suas palavras a me elogiar, e dos seus cuidados para me devolver o equilíbrio. E se todas as cartas de amor são ridículas como já escreveu Álvaro de Campos, essa não será menos ridícula, por que nela é nítida a minha insanidade, a minha alegria e o meu amor por você.
“É assim que te quero, amor,
Assim, amor, é que eu gosto de ti,
Tal como te vestes
E como arranjas os cabelos e como a tua boca sorri, [...]
Chegastes à minha vida
Com o que trazias, feita de luz e pão e sombra,
Eu te esperava,
E é assim que preciso de ti,
Assim que te amo,
E os que amanhã quiserem ouvir
O que não lhes direi, que o leiam aqui.
E retrocedam hoje porque é cedo
Para tais argumentos. [...]
Amanhã dar-lhes-emos apenas
Uma folha da árvore do nosso amor, [...]
Para mostrar o fogo e a ternura
De um amor verdadeiro”.
Pablo Neruda
De um amor verdadeiro”.
Pablo Neruda
As cartas... dizem que ninguém escreve mais cartas, mas esses dias recebi uma carta tão amorosa, tão apaixonada, e, não sei ainda como respondê-la...
ResponderExcluirAbç!
Lindo, simplemente lindo sua carta, dizem q as pessoas não mais expressam seus sentimentos, fico feliz q tenha feito, tenho certeza que a pessoa a quem se desina essa carta esta derretendo de amor agora, esta feliz. Bom não posso colocar palavras na boca dos outros, pode não ser assim que a felizarda esta se sentindo, bom mas é assim que eu me sinto.
ResponderExcluirSua carta trouxe algo diferente para o meu dia. Parabéns, Belíssima carta.
Fiquei sem palavras Angelo.
ResponderExcluirNada supera uma carta de amor!!
ResponderExcluirLindo de mais!!!
Queria eu um dia receber uma carta assim.
ResponderExcluirLindo Angelo!
;D
"Mas,afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são Ridículas."
ResponderExcluirlindo!!! você tem um jeito transparente e sensível de falar do amor, de uma leveza incrível, adoro isso!
ahn, escritora eu? hauhauauahuha obrigada de qualquer forma, bjão!
...uau... que privilégio da feliz pessoa merecedora dessa carta... muito bonito. Parabéns!
ResponderExcluirOlá.
ResponderExcluirMuito interessante a sua carta. Além da felicidade da pessoa a quem está dirigida (e está dirigida a alguém? é simples criaçao literária?...); além da felicidade do destinatário, faz a felicidade dos leitores, a quem brinda um texto rico de imagens e referências poéticas.
Abraço!
leve como asas...
ResponderExcluirbeijos
Que coisa linda!
ResponderExcluirOlá, Angelo estou aqui para parabenizar seu blog e dizer que me deliciei com seus textos.
ResponderExcluirMuito bom, quero receber uma carta assim um dia,rs. Menino especial!
Beijos
Bree.
É tão profundo que dá pra sentir, todo seu amor se expelindo em palavras claras e intensas, não tem como ler e não me imginar escrevendo esta carta ou recebendo-a.
ResponderExcluirEste texto é maravilhosamente inteso e completo. Exala uma vontade contagiante de amar.
Muito bom mesmo. Parabéns.
Muitoooooo lindo o poema, Parabéns!! Angelo.
ResponderExcluirBjoos!!(Thaty)
Angelo, já disse Fernando Pessoa que "Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem, Ridículas"..há tempos estou pra lhe dizer isso e não tinha tempo de ler com clareza as linhas aqui expostas, mas uma coisa lhe digo, melhor expressar o que sentimos do que a incapacidade de nunca dizer "eu te amo"...um beijo.
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