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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Vergonha


Sonhei com você essa noite e foi tão incrivelmente real, pois senti os seus dedos delgados sobre as minhas costas descobertas.
Eu não descreveria com exatidão e falharia em tentar representar em palavras tudo que senti enquanto os meus olhos cerrados davam lugar às sensações.
Agora eu procuro uma foto sua para relembrar incansavelmente o poder de encontrar os seus lábios e oferecer o meu corpo para a sua felicidade.
Lamento a distância que me limita, me lastima e me priva do toque suave dos seus cabelos negros, curtos e rebeldes, do perfume suave das suas mãos e da doçura dos seus beijos.
Quero seu sorriso perto de mim, seu corpo em troca de calor contra o meu, quero a felicidade instantânea que ao encontrar você me enche de alegria.
Seus olhos são para mim como duas jabuticabas pretas, grandes e redondas, são como pérolas que iluminam o seu rosto oval e refletem sobre mim a candura e a naturalidade.
Desejo sentir você fazendo coisas bobas, rindo das minhas palhaçadas, me batendo com a almofada. Sofro por ser um covarde, que calo através dos seus abraços, que espreito entre suas conversas a delicadeza da suas gentilezas.
Tenho medo de dizer aquilo que sinto, por medo de não expressar aquilo que nem eu mesmo sei definir.
Se você soubesse, não por mim, quem sabe me lesse um oculto dos meus escritos, confessaria aos seus ouvidos a prazerosa sensação que a lembrança me provoca se é você que permeia os meus momentos desatentos.
Como um menino inocente, que veste branco e nem sabe por que é ano novo, eu valeria a pena se a vergonha não me preenchesse, talvez esses sentimentos de rejeição assinada ou a recusa direcionada me bloqueiam e nunca saberei se você se importa com o meu martírio, se sou suficiente para você, se você é capaz de me amar. O que sei, é que posso apenas conhecer os meus sentimentos, e por ora, eles brigam por você.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

¿Escríbeme?


Hola Kitty!

Hace tiempo que no hablamos, ni sé como estas, tampoco que ha hecho. Escribo para contarte como estoy, ojalá que puedas contestarme pronto.
Por aquí ya es invierno y el frío me deprime un poco, ya estoy de vacaciones y el próximo semestre es el último de la universidad. Los juegos del Brasil han sido muy buenos, comparto ellos con amigos nuevos y un poco de cerveza y alegría. Las clases de inglés hay sido buenas, y ya estoy me acostumbrando.
Hace dos días que terminé de leer un libro maravilloso de un español llamado Frances Miralles, se llama Amor en minúscula. Aún sigo con mi vida en Campinas y en los finales de semana me voy a casa. Nada de distinto cambio en mi vida, he leído, escribido poco y escuchado canciones hermosas. Salí a bailar en lo sábado y eso me puniste muy contento, hacia tiempo que no lograba hacerlo. Compré una playera amarilla que siempre pongo en los días de juegos y eso me hace sonreír. Ahora escucho una canción que se llama “recuérdate de mí” quien la canta es Magalda Veiga y João Pedro Pais, son dos cantantes portugueses, y en portugués se llama lembra-te de mim, fue una amiga que me pasó.
Las calles por aquí son frías y el aire me golpea todas las mañanas, cambie el mp3 por libros, y eso me da mucho gusto, aunque yo camine un poco lento y siempre paro en los señales de transito.
Ya tengo tres cartas de recomendación para tentar la vaga de mestrado y me voy a estudiar con una chica de mi trabajo, ella va hacer la misma prueba que yo y pregunté se por acaso no quisiera estudiar conmigo, ella dijo que sí, creo que empezaremos por lunes.
Mi madre sigue bien, así como mi hermana que estas enamorada y feliz. Aun no llego su vacación, pero no tarda en llegar.
Te extraño, pero no sé nada de ti, casi nada, todavía tengo nuestras canciones y la esperanza de recibir noticias suyas.
Ahora es una tarde de jueves linda, hay un cielo azul y un sol tímido que no calienta nadie, creo que el ya se va a casa, por que la noche se aproxima.
El corazón queda latiendo y no hay nada sobre lo que decir de el, a veces siente nostalgia y ni las latas de leche condensada lo ayudan. La ausencia es eminente pero yo respiro sintiendo tu calor acariciándome. Hay días que salgo a caminar para llegar a tu encuentro, pero en segundos estoy de vuelta antes de regresar. Si estuvieras aquí, me gustaría marchar contigo por las calles y mostrarte a cada rincón donde vivo, los árboles son hermosos y grandes, verdes y contentes. Hay también niños en las calles y mucho transito pero hay días que nada siento, quizás yo solamente estoy físicamente, y todo pasa por mi despacio, ni miro en el espejo, yo viajo.
El regreso a nuestro pasado me hace vivir en un mundo conocido y sin descripción exacta, pero si tu mirar al cielo recuérdalas de mi. Son señales tan dulces y sencillos, invisibles como el viento.
Ahora me voy a bañarme, esta frío y quiero acostarme un poco, leerte en las líneas de mi imaginación, escucharte en nuestras canciones. Prefiero las cosas explicitas, aunque las disimuladas sean mas atrayentes.
Cuídate, te extraño como siempre. Podrías diminuir mi ansia de conocer tu cotidiano, ¿escríbeme?
Besos, hasta pronto.


Ps:. Ya tengo un año de Blog, que rico eso, ¿No? Merci.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Mentiras piadosas

Foram três toques no seu celular que eu movido por uma iniciativa, que agora eu já perdi, pensei em estreitar nosso caminho através desse telefonema insólito. Por aqui há um sol fraco que penetra pela janela e ilumina esquecendo-se de aquecer, eu sinto esse brisa invisível que me toca pedindo que eu me agasalhe. Talvez você esteja feliz por saber que eu estou tolerando esse sentimento tão inevitável que rouba o meu sorriso e me faz caminhar sem cantar e a cada dia eu imagino como seria se ainda você existisse aqui.
Eu seria mais forte perante esses problemas cotidianos? Seria um silêncio dividido ou teria pensamentos incompreendidos? São indagações soltas e ingênuas, fracas e sem objetivo vindo da mente de um garoto que percebe os erros dos pensamentos contínuos. Por enquanto eu reflito na melhor maneira de amenizar essa situação deprimente e afastar os fantasmas do anteontem.
Quero que fique explícito a maneira dos meus comentários espontâneos, não fora de jeito algúm para salientar seu lado sombrio, aliás, eu temia as suas sentenças. É provável que nunca me conhecesse de verdade, na essência, nem soube manifestar a cautela diante deles.
Aprendi a ser mais prudente e me censurar quando devia escutar pausadamente e ocultar as minhas manifestações, sendo elas desagradáveis e diretas.
Agora é fim de tarde de uma terça-feira fria, de um outono disfarçado de inverno, um futuro por ora previsível e temeroso que gera em meu corpo a busca de algo que eu desconheço, porém eu o procuro para evitar essa sensação estática que me move.
Já está na hora de me despir desse ingênuo garoto e me formular em uma carapaça de homem, de simplificar as coisas, de viver de fatos e realidade, fugindo da ilusão e da fantasia.
Contudo, eu espero ter encontrado uma saída para aqueles desejos contidos, que me levaram a suspeitar daquilo que eu não posso controlar.
Penso que aqui eu pressione a caligrafia forçando um ponto final nessa frase sem sentido e demonstre um comportamento mais racional, menos alucinado.
Vou tomar um banho demorado, me agasalhar e caminhar por essas ruas de pessoas agitadas sem trombar com aquilo que não importa mais, mesmo que eu não encontre as palavras, escutando “Mentiras Piadosas” de Alejandra Guzmán.

sábado, 5 de junho de 2010

Uma rotina redesenhada

Por aqui esfriou bastante, já não se encontra garotos com bermudas nem moças com vestidos e sinto esse frio que mais parece inverno que outono.
Estamos em junho e continuo acordando pelas manhãs, tomando banho quente e leite com chocolate. Troquei as músicas do mp3 por leituras rápidas de quinze a vinte minutos, ainda que os meus dedos estejam, nessas manhãs frias, desprotegidos dos bolsos, estou gostando da substituição.
Não tenho animo para escrever o trabalho de conclusão de curso, embora eu goste do tema, não encontro motivação. A faculdade, especialmente, esse semestre tem sido a mais tranqüila dos últimos anos. Tenho assistido há poucas aulas e já fechei em duas disciplinas.
Parece que o espírito da copa tem contagiado o meu comportamento. Já tenho planos de assistir os jogos e gostaria muito de comprar a camiseta amarela oficial do Brasil com o meu nome escrito atrás. Escuto exaustivamente a versão brasileira da música da copa com o Skank, porém me enche de alegria quando canto junto à versão em espanhol com David Bisbal. Revi meus sobrinhos nesse feriado, e eu já havia me esquecido como eles são divertidos, inteligentes e sapecas. Não é raro eu me deparar com perguntas inconvenientes, permitindo-me pensar se você estivesse por aqui seria diferente, se pudesse compartilhar comigo o meu tempo livre, faríamos pipoca, suco, e trocaríamos calor? É um exercício de imaginação. Ainda durmo com o filho, aquele sapo verde confortável, pareço bobo, senão uma criança com responsabilidades.
Estou em uma fase sem perspectivas. Em dezembro termino o estágio e já serei um graduado, terei a festa de formatura com as pessoas com que convivi por quatro anos e isso me parece tão divertido e assustador. Ainda que isso me provoque ansiedade, eu não tenho um plano b e não compartilho da idéia de ser um acomodado, apenas sou um preparado em curto prazo.
As aulas de inglês são ótimas, entretanto não me apetece esse idioma. Tenho dificuldade com o th e as frases não querem me acompanhar.
Faz tempo que não como pão de queijo e leite condensado. Ainda sou fã de trident verde, de pijama e orgulho e preconceito.
Fiz amizades fantásticas, conheci pessoas que compartilham de coisas em comum e algumas delas se simpatizam com o que eu escrevo.
Longe de casa, percebo como a minha vida mudou, mas continuo em uma nova rotina, redesenhada. O final de semana está começando e eu estou por aqui, vendo o passar, no meu quarto, no meu canto.