Pesquisar este blog

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Nossa formatura

Talvez seja essa a última carta que escrevo a vocês cinco.
Espero ter demonstrado nesse tempo o quanto foi importante a presença de vocês na minha vida, e a estima de todo esse sentimento que eu guardo. Sentimento de alegria que compartilhei nesses quatro anos com todas vocês.
Um sentimento chamado amizade que nos uniu e nos fez amigos durante esses anos e mesmo com a distância cotidiana, não será fácil apagar tudo o que vivemos nessas noites universitárias. Cada um de nós recordará às lembranças do tempo bom e vamos carregá-las por toda a vida. Nesse período tão fugaz, que é a vida, podemos exercitar o amor através de nossas ações.
O silêncio irá tocar as nossas vidas e será um pouco difícil manter contato cotidiano, como havíamos fazendo nesses últimos anos, porém não será preciso, afinal o essencial é invisível aos olhos. Quero agradecê-las pelos risos e alegrias que me proporcionaram, pela amizade que senti nesse período e a sinceridade de cada uma. E hoje vamos selar essa nossa caminhada, é a nossa formatura, e daqui para frente estaremos ligados pelo amor de Deus. “Não existe amor maior do que dar a vida pelos amigos” (João 15:13).
Mulheres! Não se esqueçam, se um dia vocês estiverem sem resposta para a vida, não se inquietem, sejam pacientes, por que está escrito: “Eu te darei resposta, a ti e aos teus amigos contigo”. (Jó 35:4).
O amor de Deus é grandioso e Ele é o nosso alicerce, às vezes as nossas escolhas são precipitadas e o que queremos não acontece, na vida somos um instrumentos na mão do Pai, por isso não fiquem tristes se algo que vocês buscaram não aconteceu, o caminho é outro e não tenham medo do futuro e se o medo nos tocar, Deus nos confortará dizendo: “Não tenha medo, pois eu estou com você. (Isaías 41:10)
E não percam a fé: “Confie em Javé com todo o seu coração, e não se fie em sua própria inteligência. Pense Nele em todos os seus caminhos, e Ele aplainará as suas trilhas”. (Provérbios 3:5-6)
Lembrem-se: “As coisas impossíveis para os homens são possíveis para Deus”. (Lucas 18:27). “E Tudo posso naquele que me fortalece”. (Filipenses 4:13). Obrigado Luiza, Marina, Flávia, Elis, Mariane. Obrigado pelo simples gesto de vivermos sem a preocupação de agradar, por vivermos sendo apenas nós mesmos e alcançarmos a amizade verdadeira, aquela que não se compra e não se vende.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Entre músicas


E parece que ela veio pra ficar. Por aqui já não se vê o céu estrelado, tampouco aquele calor suportável de noites quentes sobre o vento artificial do ventilador. A chuva tomou conta das ruas e do tempo, e vejo flashes constantemente trazendo trovões que me fotografam sem avisar. Escrevo acompanhado por uma chuva ligeira e por músicas deliciosamente prazerosas. Sinto a ansiedade me preenchendo e estou fazendo pouco caso dela, ainda que eu saiba que ela não me abandonará por completo. Com esse clima, entre quatro paredes, vem aquela sensação de fragilidade, tão comum aos que apreciam a solidão generosa.
E escuto, na entrada e saída de faixas, os pingos da chuva e sinto falta do passado que até outro dia era presente.
E como um garimpeiro, que busca as pedras preciosas eu encontro isso:
"Vou confessar, então, meu coração não quer mais existir e os meus olhos vermelhos cansados de chorar querem sorrir. Ah, por isso foi que eu decidi não fico nem mais um minuto aqui, eu vou buscar o meu amor".
É engraçado como as músicas nos fazem bem, e como são ideais para descrever o complexo sentimento de amar, tudo ali, em letras de músicas.
Escuto isso: “Cheguei a tempo de te ver acordar eu vim correndo à frente do sol, abri a porta e antes de entrar revi a vida inteira... Falar da cor dos temporais do céu azul, das flores de abril. Pensar além do bem e do mal, lembrar de coisas que ninguém viu. O mundo lá sempre a rodar e em cima dele tudo vale. Quem sabe isso quer dizer amor”.
E tecendo pensamentos, aqui dentro eu acredito no natural e poético dessas músicas: “São sorrisos largos, lagos repletos de azul, os corações atentos ventos do sul. São visões abertas, certas, despertas pra luz. A emoção alerta que nos conduz... Sonhos, aventuras, juras, promessas dessas que um dia acontecerão. Todos estes versos soltos dispersos no meu novo universo serão palavras do coração”.
E como se fosse um convite, o fim, acrescento um ponto final nesses meus escritos e termino com uma clássica. É emocionante se você for tocado por ela.
“Cartas já não adiantam mais, quero ouvir a sua voz. Vou telefonar dizendo que eu estou quase morrendo de saudades de você”.
Pensando bem, retifico, é melhor encerrar com essa: “Mesmo que você tenha ido você segue comigo. Chega a noite e percebo como foi eterno o que houve entre você e eu”.