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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Entre músicas


E parece que ela veio pra ficar. Por aqui já não se vê o céu estrelado, tampouco aquele calor suportável de noites quentes sobre o vento artificial do ventilador. A chuva tomou conta das ruas e do tempo, e vejo flashes constantemente trazendo trovões que me fotografam sem avisar. Escrevo acompanhado por uma chuva ligeira e por músicas deliciosamente prazerosas. Sinto a ansiedade me preenchendo e estou fazendo pouco caso dela, ainda que eu saiba que ela não me abandonará por completo. Com esse clima, entre quatro paredes, vem aquela sensação de fragilidade, tão comum aos que apreciam a solidão generosa.
E escuto, na entrada e saída de faixas, os pingos da chuva e sinto falta do passado que até outro dia era presente.
E como um garimpeiro, que busca as pedras preciosas eu encontro isso:
"Vou confessar, então, meu coração não quer mais existir e os meus olhos vermelhos cansados de chorar querem sorrir. Ah, por isso foi que eu decidi não fico nem mais um minuto aqui, eu vou buscar o meu amor".
É engraçado como as músicas nos fazem bem, e como são ideais para descrever o complexo sentimento de amar, tudo ali, em letras de músicas.
Escuto isso: “Cheguei a tempo de te ver acordar eu vim correndo à frente do sol, abri a porta e antes de entrar revi a vida inteira... Falar da cor dos temporais do céu azul, das flores de abril. Pensar além do bem e do mal, lembrar de coisas que ninguém viu. O mundo lá sempre a rodar e em cima dele tudo vale. Quem sabe isso quer dizer amor”.
E tecendo pensamentos, aqui dentro eu acredito no natural e poético dessas músicas: “São sorrisos largos, lagos repletos de azul, os corações atentos ventos do sul. São visões abertas, certas, despertas pra luz. A emoção alerta que nos conduz... Sonhos, aventuras, juras, promessas dessas que um dia acontecerão. Todos estes versos soltos dispersos no meu novo universo serão palavras do coração”.
E como se fosse um convite, o fim, acrescento um ponto final nesses meus escritos e termino com uma clássica. É emocionante se você for tocado por ela.
“Cartas já não adiantam mais, quero ouvir a sua voz. Vou telefonar dizendo que eu estou quase morrendo de saudades de você”.
Pensando bem, retifico, é melhor encerrar com essa: “Mesmo que você tenha ido você segue comigo. Chega a noite e percebo como foi eterno o que houve entre você e eu”.

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