Pesquisar este blog

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Olá!



Faz um tempinho que ele não aparece por aqui, né? Desde o ano passado, mas hoje, de supetão, ele olhou o blog e pensou que precisava criar um história. Não uma grande história, uma pequena, bacaninha. Vamos ler? Ah, não é um texto linear, tudo bem?

E tudo mudou de repente, o sol era o mesmo, a natureza poética como sempre, mas ele não! O tudo mudou, pois ele tinha se dado a oportunidade de mudar. Vocês sabem, ou não? Aqueles medos naturais de mudança, que atormenta, desencoraja e às vezes amedronta tanto, que paralisa. Sim, esses medos ele teve, mas foi com medo, em frente, mesmo assim.

Acordou pela manhã, arrumou suas coisas, poucas coisas e partiu. A tarde, um pouco depois do almoço, ele estava em uma nova cidade. Ali ele conheceu algumas pessoas, descobriu a padaria, o restaurante, o mercado, que dá cinquenta por cento de desconto no taxi, que leva de volta pra casa. A igreja, atrás de sua casa, do seu quarto. A Universidade, o pessoal e tantas emoções, informações, coisas não nomeadas. 


Mudou!


Você usava meia azul, notei ao ver o seu maléolo, aquele ossinho que temos no pé, quando você coloca meia soquete, dá para ver! Sim, eu reparei nisso, coisa boba, né? Você sorria para as pessoas e todas elas sorriam para você, é contagiante o seu senso de alegria, eu gosto disso, é prazeroso olhar para você. Eu havia esquecido como é, aquele sentimento de “sustinho”, quando a gente olha a outra pessoa diferente. É mais ou menos como o Tom Jobim compôs: “Quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus resolvem se encontrar. Ai, que bom que isso é, meu Deus! Que frio que me dá, o encontro desse olhar...” Isso existe, é desse jeito mesmo. Sábio, né?

Um pouco menor que eu, com um sorriso daqueles que os dentes aparecem como se estivessem com vergonha. Quando suava a testa, passava a mão direita sobre ela e em seguida alisava a parte detrás da cabeça. Continuava a sorrir e eu a observar. Tocava com os olhos, estranho isso, né? Tocar com os olhos? Apenas uma linguagem figurada, pois era impossível usar o tato, ainda que o desejo era fazê-lo.


 Acabou.