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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Desenhando sorrisos


É noite de uma terça-feira de primavera e ontem choveu muito por aqui, mas nada amenizou o calor que provoca a motivação dos animados a um happy hour com amigos do trabalho no fim de tarde.
Permaneço em casa catando pensamentos nutridos pelas músicas que me fazem bem. Não me apetece as últimas aulas do semestre, tampouco os últimos dias no estágio. Tenho um desanimo saboroso circulando por aqui, tomar banho demorado e colocar o pijama às sete da noite me parece tão ideal. Pela janela o vento se torna taciturno e a noite se tornaria imperceptível se ocultasse a escuridão. Escrevo algo sem nexo, soletro letras paisanas que compõe frases distintas. Não sei dizer como, mas acontece me abastecendo cotidianamente. E o céu permanece estrelado, às ruas luminosas, as casas por onde passo, as lojas que me deparo estão sendo coloridas por vermelho típico e um dourado reluzente, há papais noéis nas redes de proteção dos edifícios e suponho que em breve haverá campanhas de vendas de cartões da AACD.
Por que às vezes é incomodo desconhecer as previsões do futuro e ignorar os planos traçados como previsto sendo difícil assumir que você não tem um plano b? A incógnita do planejamento é atormentadora. Enquanto os outros discorrem em um discurso pacifista, você se mantém internamente enlouquecido. Busco me alicerçar em uma teoria didática, metódica, mas ela não está funcionando agora, e se me perguntam por aonde vou, fico desequilibrado, parto pra um norte que reprimo uma bússola eficaz, e o ponto final me parece reticências. Eu estou tentando remar o meu barco, estou tentando fixar o pé no chão, estou tentando não cair no buraco... Tão parecido com a música da Paula Toller – “Eu tô tentando”.
Pensando bem, esse estado de espírito não é tão mal assim, é um momento em que você para e não se importa se os ponteiros do relógio girar, rápido ou lento, você é solitário em pensamentos e isso é saudável.
E agora vou desenhar um sorriso largo e deixar Mario Quintana falar por mim:

“Por favor, não me analise.
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...”

4 comentários:

  1. Amo cartões da AACD, compro todos os anos!!
    Adoro Natal...adoro Mario Quintana. Adoro escrever e ler. E você tambem...beijoooooooooo

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  2. Amei!!!! É totalmente assim que eu ando me sentindo... =]

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  3. a.do.rei. *-*
    cada vez melhores os seus textos ^^

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  4. gosto do seu jeito de descrever as coisas, a gente cria uma imagem do que você vai falando, meio que montando o cenário, gosto muito! ...e o plano b, se você achar algum, me avisa ta?
    :]

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