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domingo, 8 de maio de 2011

Respirar

O relógio anuncia a aurora, embora eu não esteja convencido em me recolher.

Suspiro, maquiando os meus anseios, nessa madrugada de sábado. Espero ainda o seu telefonema, de noite tardia, de frases feitas, de sutileza contestável. O passado se tornou memórias saudáveis, combustível para a minha sensibilidade. Por aqui os minutos seguem horas improvisando o tempo, arremessando brisas, ajuizando lembranças.

Quem disse que sou um precursor do futuro, acredito que a minha estratégia me arruinou. Fui um papel sob a sua assinatura e agora desejo suas mãos me escrevendo, desenhando em um rascunho tão rabiscado.

E se respirar, um evento óbvio, fosse como metáfora para adicionar açúcar nas minhas horas amargas, assim eu faria delas palavras repetidas refletindo idéias embaçadas, um preço acordado por tanta distância. Seria por falar de amor que confesso que a frieza do outono desse ano me parece precoce e ilegítima.

Um comentário:

  1. Eu reli seu texto umas três vezes pra tentar absorver um pouco do sentimento que te dominava ao escrever. Muito subjetivo. Poucos tem essa capacidade de escrever nas entrelinhas, além do óbvio saltitante.

    www.meu-lar1.blogspot.com
    www.maisquelimao.blogspot.com

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