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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Eu te proponho


Escrevo pra você porque sinto que as palavras ditas me prendem, sinto que o verbal me limita. Sinto falta de você nas manhãs de domingo, da sua risada presa entre seus lábios finos, das suas mãos mornas percorrendo o meu rosto e me fazendo cócegas.
Agora escrevo para registrar aquilo que as palavras separam, para dizer que agradeço o seu abraço quando estou sem energia, a maneira que a sua voz se silencia ao celular para escutar os meus problemas do trabalho, do seu sorriso doce a me alegrar.
Há tempo que não saimos de mãos dadas, que desperdiçamos nossos beijos entre selinhos tímidos, que nos ocupamos de afazeres que nos privam de nos amar, de conversar.
Quero te propor a sairmos juntos em uma noite quente de primavera entre o vento da preeminência da chuva. Proponho a sermos corajosos a não nos esconder dela, a cantar aquela música que nos apaixonamos no passado, a comer macarrão e nos sujar de molho de tomate. Proponho a planejar sonhos irreais, de brincar de criança divagando entre a imaginação do impossível, redescobrir a sua pele em contato com a minha sem a pressão do tempo, sem a invasão do sentido de terminar, quero o seu abraço quente, a sua gargalhada contida, o seu otimismo equilibrado.
Quero que saiba que quando penso em você ainda sinto a invasão da alegria instantanea do sentimento de segurança e calmaria.
Confesso que tardei demais em escrever algo tão definitivo e seguro, porque era fraco e envolto de uma insegurança mascarada. Porém me sinto forte em descrever que nenhuma lágrima me faz esquecer o seu sorriso e que tampouco uma tempestade poderá fazer com que o nosso amor acabe sem luta.
Quando viajo entre pensamentos, envolto de seus braços que me protegem, reflito que não poderei estar tão seguro quanto estou com você. Que meus problemas são meros medos ilusórios e efêmeros de qualidade excessiva e fraca.
Somos seres inconstantes e recheados de erros e ações mal feitas e é você que dribla essa minha imperfeição me fazendo a pessoa mais feliz, daquela alegria, daquele charme de sorriso semiaberto, me fazendo crescer com os obstáculos cotidianos.
Gosto de sorrir pra você, gosto quando nossos sorrisos se beijam, de navegar com meus dedos curtos nos seus cabelos e sentir a sua respiração lenta. Venha! Vamos namorar, que o tempo seja generoso e que a noite seja testemunha do nosso amor.

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