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sábado, 25 de janeiro de 2014

Única


É uma noite quente de um verão interminável. Por aqui a janela está aberta e a cortina dança em um movimento lírico. Escuto Unica de Venditti e penso como você gostava dessa música. Isso me faz lembrar das suas esquivadas ligeiras quando meus dedos percorriam suas costelas, daquele sorriso tímido saliente de menina.  Como é forte o poder das lembranças, essas recordações que nos faz vivenciar um instante intocado, pensando nisso A te de Jovanotti faz uma parceria essencial. Combinemos assim, eu sou A te e você Unica, ainda que por um momento, ainda que tudo mude, vamos combinar dessa forma. São elas que me fazem prosseguir com essa energia, com essa vontade de voltar a escrever a você. Começou a chover, privo a dança da cortina e fecho a janela, a veneziana canta e imagino que esse som seria ideal se você o compartilhasse comigo.  “E o tempo passa lento, viro-me e me torturo... porque não nos falamos, porque não nos  perdoamos. Nós dois somos duas folhas caídas do mesmo galho”. “Onde está você agora? Se vive uma outra história, com quem está? Quem te prende? Quem te segura? Quem gritará que és unica?”. Sendo única, você é esse canto que agora permeia meus pensamentos rotos. Na intenção de reproduzir bem essa música, eu falho cantando no meu italiano fajuto. “Para você canto uma canção, por que não tenho outra coisa nada de melhor para te oferecer. De tudo aquilo que tenho, pegue o meu tempo e a magia que com apenas um salto nos fará voar pelo ar como bolinhas de sabão. Para você que é simplesmente a essência dos meus dias”. E com isso, encerro esse bilhete pequeno para dizer que tive coragem para voltar a escrever a você. Cante comigo essa noite?

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