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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O que você está esperando?


Morávamos no campo, onde as árvores pareciam mais alegres e o vento as tocava sem cessar. Um conjunto harmonioso entre a natureza e a humanidade que me encantava. Observei que sobre seus cabelos ondulados, o sol a aquecia naquela manhã de sábado. Ela despertou com a mesma palidez de sempre, seu caminhar paciente e seu avental florido, acompanhado do lenço no cabelo, a tornavam um personagem ímpar.
Sua rotina era preenchida entre os afazeres domésticos e o cuidado com os animais.
Foi em uma manhã qualquer que tudo mudou. Ela apareceu sem o seu lenço matinal com os cabelos curtos, e no seu corpo delgado um vestido azul a trazia de um lugar que eu desconhecia. Parecia cantar enquanto dava de comer aos carneiros, parecia ter se encontrado e querer aproveitar mais a vida.
Eu a analisava através da janela do meu quarto, enquanto eu ainda estava na cama e o sol me despertava com aquela luz, ela já estava em pé, e eu, sentado na cama, abria a cortina e a via.
O que essa menina estava esperando para aproveitar realmente a vida? Porque demorou tanto para aparecer, sempre escondida por trás daquela fantasia.
Ouvi a sua voz, ela parecia cantar “Je Veux” de Zaz, sim, ela cantava: “Je Veux d'l'amour, d'la joie, de la bonne humeurc' n'est pas votre argent qui f'ra mon bonheur, moi j'veux crever la main sur le coeur”. Como isso era fantástico, ela mudou, parecia uma mulher mais feliz, transpirava felicidade e sua voz estava tão doce quanto o seu sorriso delicado. Fiquei empolgado com aquilo. Acredito que acordei realmente e pensei, o que eu estou esperando para mudar? Criei coragem e a abordei, e descobri que aquela moça, aparentemente frágil, era mais incrível que eu imaginava. Depois de algo que aconteceu em sua vida, que a transformou, ela resolveu mudar seu destino, aproveitar a natureza, compartilhar músicas, ensinar e aprender, sorrir após o bom dia, prestar atenção ao seu redor, pedir ajuda, focar na felicidade e compreender que vivemos em um mundo efêmero, no qual tudo muda, se você quiser.
E a partir daquela conversa, nos tornamos amigos, ela me ensinou a tratar os animais, como colher morangos e decorei Je Veux. Aprendi sobre plantas medicinais, geografia e um pouco de magia.
Era muito engraçado quando chovia e estávamos no meio do campo, era correr ou aproveitar a chuva, escolhíamos molhar a roupa, tirar o sapato e correr entre o capim molhado enchendo nossos pés de barro, era incrível, era a felicidade invisível invadindo e fortalecendo a nossa amizade.
E como chegou, ela se foi, aconteceu assim, um dia não mais a encontrei e boatos alcoviteiros anunciaram a sua partida. Meu mundo pareceu ficar cinza, mas pensei: eu tenho escolha! Ou fico triste, ou entendo e sigo em frente. Escolhi ser feliz e agradecer por aquele momento em que não esperei algo extraordinário acontecer para eu ser feliz, eu parti para a felicidade e a descobri. Obrigado moça de olhos e cabelos castanhos, por impulsionar a minha escolha.

domingo, 6 de janeiro de 2013

O Paraíso dos Meninos


Foi em uma tarde de segunda-feira, depois do almoço, estava eu correndo à beira da estrada procurando a mangueira que recheada de mangas amarelas me convidava a escalá-la, eu conheci a amizade. O chão parecia um tapete de retalhos, misturado com capim verde, pedras sujas de terra e folhas secas. O vento era veloz, anunciava uma tempestade iminente, roçava meus cabelos curtos e me fazia cócegas. Ali, as tardes eram rápidas, pois a felicidade não tinha figura, era abstrata e presente.
Quase sempre depois da escola, deixava minha mochila na cama, tirava o uniforme e encontrava com você, debaixo daquela mangueira que chamávamos de castelo de Bodiam, só porque estudávamos, naquele ano, tais curiosidades infantis. Tínhamos uma casa na árvore, estilingues usuais e os de reserva, facas de serra para cortar folhas e um balanço com um pneu enorme de caminhão.
Nessa época eu não sabia o que era trabalho – a não ser os da escola – não imaginava como alguém poderia ficar nervoso por ter tantos compromissos e não saber recusá-los. Não conhecia a palavra responsabilidade, essa condição que os adultos devem ter de arcar com o próprio comportamento, errávamos, chorávamos, pedíamos desculpa e íamos dormir. No outro dia, tudo estava bem.
Não me lembro exatamente como foi, como aconteceu, se foi algo repentino ou gradual, mas acredito que foi ali que conheci a amizade. E é esse sentimento que me impulsiona a escrevê-lo, independentemente de saber se você lerá ou não. Eu tenho que manifestar essa saudade que me invade quando vou ao mercado e tenho nas góndolas mangas maduras, quando me sento na varanda e aquele vento me traz a lembrança daquelas tardes memoráveis.
Hoje estou aposentado e vejo meus filhos em duas ocasiões anuais: no Natal e na última semana do ano para entregar a declaração de imposto de renda. A vida por aqui não é nada má, porém, já perdi aquela energia que tínhamos ao nos lançar do tronco do castelo de Bodiam ao chão, para mensurar a nossa capacidade de heróis, de ser ágeis e fortes.
Sinto falta de conversar com você, de brigar por ideais idiotas e fazer as pazes com nosso dedo mindinho. Soube que sua saúde está debilitada e que o vento não pode tocá-lo com tanta agilidade, por estar frágil, alguns cuidados são necessários, porém soube também que a sua coragem permanece a mesma e o brilho dos seus olhos ilumina a esperança da sua esposa.
Meu amigo, escrevo a você com o desejo de que melhore, porém, se assim não for possível, desejo que se lembre da nossa amizade, que embora distante, permanece viva dentro dos nossos corações. Que a paz o acompanhe e que você sinta-se feliz.
Foi por meio de você que esse sentimento brotou dentro de mim. A amizade é fruto da compreensão, da capacidade de entender as falhas, as ideias contraditórias, as diferenças. Amigos são imperfeitos, pois como disse Fernando Pessoa: “O perfeito é desumano, pois o humano é imperfeito”.
E quando chegar a nossa hora, saberei refletir como um velho sábio e dizer adeus como uma criança alegre que já esteve no paraíso, aquele em que sorríamos e brincávamos: o paraíso dos meninos.

sábado, 8 de dezembro de 2012

O Segredo de Janaína

                 

Ela era morena, esbelta e triste. Seus cabelos compridos, estendidos até a cintura, sempre soltos e tocados pelo vento, arrebatavam as miradas dos jovens atentos e dos adultos inconformados. Ela era envolvida por seu segredo que guardava com tanta obstinação. Seus passos registravam na areia pegadas leves e sem cessar eram apagados pela cheia das marés. Ninguém entendia o seu caminho cotidiano em frente ao mar, no cais. Nunca tive coragem de perguntá-la sobre o que ela tanto buscava, tampouco supri a minha curiosidade de entender a razão de, todas as tardes, seu contemplar do entardecer. Todos queriam saber o segredo dela, embora todos tinham claro que nunca ela deixara a sua voz ser ouvida. Eu arrisquei...

“Despedi-me com lágrimas no rosto, olhei nos olhos dele e percebi o seu afastamento contido e, aos poucos, o barco deixou a orla da praia”, contou-me ela. “Acenei com a mão direita, e ao passo que ia me distanciando acenei com a esquerda. A partir daquele crescente sentimento de solidão que me invadia, acenei freneticamente com ambas as mãos, com a vontade de dizer para que ele permanecesse. Naquele dia, eu usava este vestido, agora velho e gasto. Mantenho até hoje o comprimento do meu cabelo e o espero aqui, para que se cumpra a sua promessa de regresso. E, se ele voltar, que não tenha dúvidas de que aqui estou e estive esperando todo esse tempo, sozinha. Caminhei pelas areias para que o tempo se compadecesse de mim e ouvi as pessoas dizerem que a louca do cais nunca se separaria desse mar. Muitas tardes eu conheci, das lindas às temerosas, das esperançosas às inconformadas. Juntei o tempo, mensurei as lágrimas e sempre me fortaleci com as esperanças. Hoje, a ilusão e a tristeza já não me afetam mais, o entardecer se tornou uma energia necessária, esqueci-me da face dele e do jeito que ele me olhava, das palavras doces que me dizia”.

- Hoje - disse-me - tenho fios de prata na cabeça e ainda não o tenho, pois acredito que já se esquecera de mim. Já não me importa o julgamento de alheios e vivo de uma maneira que consigo identificar na natureza a paz que eu precisava. Ainda que eu permaneça nesse cais, aqui é o meu lugar, aqui eu ficarei até o fim dos meus dias.

E, depois daquela confissão, eu a entendi e passei a admirá-la, por sua convicção e amor. Mudei as minhas ideias pré-concebidas de partir de uma opnião sem refletir, apenas baseado em boatos alheios.

Mesmo que essa seja apenas uma lembrança, acredito que ela ainda estaria ali por entre aquelas águas, caminhando até o cais e admirando aqueles belos fins de tardes, se fosse imortal. Seu nome era Janaína, sua voz era doce e seu comportamento era consciente. Ela era livre e determinada, não importava qual fosse seu obstáculo, ela cumpriu seu destino.

E depois desse tempo, ao chegar ao cais me lembro daquele dia, o dia que a coragem me tocou e eu fui conhecê-la. Soube de sua história e de suas frustrações, seu desejo e seu fim. E sempre quando escuto “En el muelle de San Blás” é impossível não me lembrar daquela mulher que guardou o seu segredo, rompeu milhares de tardes, e permaneceu sozinha até o fim.

“Sola, sola en el olvido
Sola, sola con su espíritu
Sola, sola con su amor en mar
Sola en el muelle de San Blas
Se quedó ahí
Se quedó hasta el fin
Se quedó ahí
Se quedó en el muelle de San Blas
Sola, sola, se quedó” - En El Muelle De San Blas - Maná


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Eu te proponho


Escrevo pra você porque sinto que as palavras ditas me prendem, sinto que o verbal me limita. Sinto falta de você nas manhãs de domingo, da sua risada presa entre seus lábios finos, das suas mãos mornas percorrendo o meu rosto e me fazendo cócegas.
Agora escrevo para registrar aquilo que as palavras separam, para dizer que agradeço o seu abraço quando estou sem energia, a maneira que a sua voz se silencia ao celular para escutar os meus problemas do trabalho, do seu sorriso doce a me alegrar.
Há tempo que não saimos de mãos dadas, que desperdiçamos nossos beijos entre selinhos tímidos, que nos ocupamos de afazeres que nos privam de nos amar, de conversar.
Quero te propor a sairmos juntos em uma noite quente de primavera entre o vento da preeminência da chuva. Proponho a sermos corajosos a não nos esconder dela, a cantar aquela música que nos apaixonamos no passado, a comer macarrão e nos sujar de molho de tomate. Proponho a planejar sonhos irreais, de brincar de criança divagando entre a imaginação do impossível, redescobrir a sua pele em contato com a minha sem a pressão do tempo, sem a invasão do sentido de terminar, quero o seu abraço quente, a sua gargalhada contida, o seu otimismo equilibrado.
Quero que saiba que quando penso em você ainda sinto a invasão da alegria instantanea do sentimento de segurança e calmaria.
Confesso que tardei demais em escrever algo tão definitivo e seguro, porque era fraco e envolto de uma insegurança mascarada. Porém me sinto forte em descrever que nenhuma lágrima me faz esquecer o seu sorriso e que tampouco uma tempestade poderá fazer com que o nosso amor acabe sem luta.
Quando viajo entre pensamentos, envolto de seus braços que me protegem, reflito que não poderei estar tão seguro quanto estou com você. Que meus problemas são meros medos ilusórios e efêmeros de qualidade excessiva e fraca.
Somos seres inconstantes e recheados de erros e ações mal feitas e é você que dribla essa minha imperfeição me fazendo a pessoa mais feliz, daquela alegria, daquele charme de sorriso semiaberto, me fazendo crescer com os obstáculos cotidianos.
Gosto de sorrir pra você, gosto quando nossos sorrisos se beijam, de navegar com meus dedos curtos nos seus cabelos e sentir a sua respiração lenta. Venha! Vamos namorar, que o tempo seja generoso e que a noite seja testemunha do nosso amor.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Conversa com o meu avô


Era uma manhã de sol com poucas nuvens no céu, sentado ali no jardim a sombra de uma amoreira duas gerações conversavam:

            Quando sento aqui com o senhor para conversar sobre os meus problemas eu fico tão entusiasmado sobre as conquistas futuras e o meu desenvolvimento, que me esqueço de que enfrento problemas cotidianos, e ás vezes penso em não ter forças para prosseguir.
Vô: - Ah, meu querido, a sua companhia para mim é sempre um conforto, quando conversamos nessas manhãs de sol ameno e céu limpo eu também me sinto feliz, pois sempre precisamos ouvir e sermos ouvidos, necessitamos de pessoas amigas nas quais confiamos e nos têm respeito. Sugiro a você se desfazer da palavra “problemas” e substituí-la por oportunidades. Não admita que está sem forças para prosseguir, apenas que se sente um pouco cansado. Esse momento é um privilégio para a reflexão e para o delineamento para atividades futuras. São nesses momentos em que você está aberto para pensar com confiança nas coisas boas do porvir.
Neto: - Mas, então como eu faço para substituir a palavra “problemas” por oportunidades? Isso é difícil, uma maneira nova de encarar a vida e a realidade.
Vô: - É gracioso esse pensamento e tão natural, é simples, tudo o que nos acontece e a maneira como agimos é um desejo nosso. Nenhuma criança começa já andando, ela primeiro engatinha, depois dá seus primeiros passos, em seguida, ela anda e futuramente corre. Assim será com todos nós. Primeiro tente refletir que seus problemas, na verdade, são oportunidades de crescimento e todas as pessoas ao seu redor são meios nos quais você se inspira e as compreende.
Neto: - Entendi, mas como eu saberei se as pessoas ao meu redor são essas ferramentas para o meu progresso?
Vô: - Ah querido, você não é responsável pelos pensamentos, atitudes e decisões alheias, o objetivo é ter foco em você. É necessário não julgar as atitudes alheias, é preciso mapear o seu caminho de forma que  você se desenvolva sem prejudicar ninguém no percurso. Veja só um exemplo: um amigo meu trabalhou em um lugar durante seis anos e já não aguentava mais o mesmo marasmo, as mesmas coisas e a rotina, até que um dia ele recebeu uma nova proposta de trabalho e com isso ficou feliz, partiu dali e se aventurou nessa nova empreitada, passados dois meses ele concluiu que não queria mais aquilo e pediu pra voltar. Você consegue entender por que isso ocorreu?
Neto: - Ah. Não sei, talvez ele estivesse cansado de fazer as mesmas coisas, de ver as mesmas pessoas.
Avó: - É pode ser, mas o que eu queria que você compreendesse é a essência. Você tem claro o seu objetivo de vida, pelo menos a curto prazo? Você se conhece a ponto de perceber que suas ações o influenciam independentemente de onde estiver? Não basta somente você mudar de lugar, você precisa se modificar, ter novas ideias, novos pensamentos, atitudes diferenciadas e comprometimento com você, sem precisar fazer disso um castigo.
Neto: Difícil. E quando alguém faz algo que você reprova ou briga com você ou fala coisas indesejáveis? Você consegue ficar sereno e tranquilo em relação a isso? Você não sente vontade de gritar e discutir?
Com um sorriso tímido e amável o avô disse: - Ah meu garoto, isso é natural a todos, claro que isso é o primeiro sentimento e não se culpe por isso, mas é preciso que você compreenda essa pessoa, aquela que está te ajudando a melhorar suas ações, é necessário que você não devolva o que ela está te dando. A compreensão e a gentileza geram relações harmoniosas e há várias situações que permeiam as relações humanas, não são todos os dias em que as pessoas estão equilibradas. Há dias em que  você mesmo faz e fala coisas que não queria. Por isso, você deve se vigiar e conviver de maneira que haja o discernimento nas suas ações. Se não é possível sorrir e dizer palavras gentis, limite-se ao silêncio, não se faça de vítima, apenas compreenda a situação e mude de atitude. Se você errou, não fuja de sua responsabilidade, busque mecanismos para solucionar o problema. Que objetivo você tem de encontrar o culpado, se a solução é o melhor caminho, e o aprendizado é o objetivo comum para o bem da coletividade?
Neto: - Muito fácil falar isso, mas é difícil agir.
E novamente com paciência o avô disse: - E quem disse que é fácil agir? É como tudo na vida, os primeiros passos são essenciais. Não queira promover coisas grandiosas se você não tem um bom alicerce para isso. Vá completando, aos poucos, dia a dia, um ciclo que o preparará para um futuro brilhante. Se instrua, conviva bem, silencie-se, promova conversas edificantes, fuja das mediocridades de palavras fúteis sem objetivo de crescimento, não perca seu tempo. Conservar o mau humor e as intrigas, só lhe servirá para se limitar e se estacionar em um piso cimentado que o impedirá de prosseguir.
Neto: - Então, praticamente o que devo fazer? Ser feliz com todo mundo, alegre, encarando os problemas como oportunidades sem atritos e contendas? Isso é utópico demais.
E o avô parecendo se divertir respondeu: - Você é tão engraçado, sabia? O objetivo é esse sim, porém, seria desumano dizer que isso é alcançado imediatamente, tudo que passamos é efêmero, ou você já viu alguém viver para semente? Confie em você, estude, se instrua, conheça, faça boas amizades, vigie o seu comportamento e aos poucos você irá solidificar a sua base para crescer forte. Todas as nossas angústias e desesperos são momentâneos e ninguém sofre pra sempre, assim como ninguém é feliz a todo momento. Você precisa se organizar e viver a vida de uma maneira a não dar valor a coisas passageiras. O que ficará é a sua conduta e o desejo de ter feito coisas que vão ao encontro de seus ideais. Um dia você estará velho, como eu, e se sentirá feliz por ter alcançado coisas através da gentileza, do comprometimento e da verdade. Não se culpe por atitudes alheias e não se sinta responsável por aquilo que não te compete, viva, tenha paciência, converse, faça algo de bom para você e para as pessoas ao seu redor, não é necessário mudar o mundo, mas modifique o seu redor, plante um jardim e você sempre terá árvores para se proteger do sol ardente.
Neto: - Sabe vô, gosto muito de conversar com o senhor, embora eu seja um garoto imediatista e ansioso. Com seus conselhos, aos poucos, vou amadurecendo e vivendo o dia a dia. Eu sei que na maioria das vezes eu não entendo e, por isso, é necessário praticar. Obrigado por me ouvir e por ser tão generoso com suas palavras.
Vô: - Ah, que garoto inteligente, isso aí, e lembre-se: busque o seu aperfeiçoamento por si só, respeite os outros, busque crescimento em você e para você, no seu tempo, afinal cada um precisa aprender. E vamos almoçar que a sua avó já está nos chamando.
E assim terminou a conversa entre o avô e seu neto.