Era noite de sexta-feira, de vento ligeiro que entrava pela janela aberta sem cuidado e sem respeito, deslizando sobre a mesa, soprando folhas de papel branco que aquele menino de cabelos curtos escrevia. Ali ele deixava marcas no papel, pressionva o grafite e descrevia a sua semana como se fosse um balanço semanal obrigatório. Descreveu como fora bom aqueles dias, que aprendeu e cresceu mais um pouco. Falou sobre a natureza que naturalmente o acompanha da escola até em casa, das ruas movimentadas, de pessoas e meios de transporte, tudo tão corrido, veloz, congestionado. Também escreveu sobre o quanto há pessoas abandonadas nas ruas, animais famintos, lixo nas sarjetas, e calçadas mal conservadas, observou que os toldos das casas aparentam marcas pretas de pingos contínuos de chuvas que mancham e fazem um caminho curioso, divagou sobre as sibipirunas floridas nessa época do ano e fez um teste: se ele sorrir primeiro e dizer bom dia é difícil a outra pessoa não fazer o mesmo, ainda que esteja com pressa e perturbada com a segunda-feira.
Conheceu um pouco de si próprio, falou consigo mesmo, refletiu. Parou um pouco e meditou ao lado da janela ao entardecer, fechou os olhos e tentou sentir um pouco daquele vento que antecede a chuva de verão, percebeu que a vida é algo passageiro quando soube que uma menina tinha perdido a oportunidade de crescer por morrer de leucemia dois meses depois de descobrir a sua doença. Pensou um pouco e pode imaginar como seria a vida de seus pais, do trabalho, da rotina, das responsabilidades que os cabem, a intenção de sustentar uma família, construir uma carreira, lidar com pessoas diferentes, de pensamentos distintos de personalidade incongruentes.
Reconheceu que a sombra pode ser uma diversão se você sabe brincar com as mãos, ela pode ser pássaros ou um cachorrinho, que não é tão ruim ficar no silêncio. Respirou fundo e pausadamente e percebeu que o equilíbrio não é encarar a vida como se fosse uma maravilha, recheada de alegrias ebrias e festas cotidianas, mas encarar a vida é estar encorajado a enfrentá-la. A superação é uma energia que nos motiva a ir mais longe e isso ele percebeu quando não conseguia realizar uma tarefa, após consegui-la sentiu-se vitorioso, deu um sorriso e gritou: “Mãe, eu consegui!”. Dizer a você que no momento está difícil é fato, continuar persistindo e aprendendo é preciso, vencer é indescritível, uma felicidade instantânea se instala e você sorri e diz: Eu consegui.
A noite ameaçava chegar, aquele vento sapeca cessou, trouxe nuvens carregadas de água que caia lá fora molhando os vidros da veneziana agora fechada, o som da chuva foi percebido pelo garoto que também escreveu: Ouço a chuva com prazer, ela molha tudo e todos, ela não poupa, ela acalma, refresca e me faz bem. Assim como o sol que toca a terra e a grama úmida ele não privilegia. E foi assim que ele terminou de escrever, os reflexos do tempo através do seu olhar, e percebeu que cada um pode olhar de maneira diferente para tudo, porém para refletir temos que nos conhecer e saber o que nos faz bem. Esse bem não pode ser prejudicial aos outros, que um sorriso não encobre uma tristeza interior, porém é uma boa maneira de evitar falar de assuntos que não corresponde a outras pessoas. Que a felicidade está em cada instante de tempo compartilhado ou sozinho, daqueles instantes dedicados ao construir e conhecer, de viver deixando a simplicidade explícita e nos abstendo das efemeridades óbvias que nos cria e nos aprisiona. O resto passa, tudo passa, o que permanece são aquilo que gardamos dentro de nós.
Permita-se a reflexão nos minutos que acompanham a sua rotina, para que um dia não pensemos que a vida passou e não tivemos a oportunidade de fazer o nosso balanço diário, ainda que às vezes ele seja semanal ou até anual.
Conheceu um pouco de si próprio, falou consigo mesmo, refletiu. Parou um pouco e meditou ao lado da janela ao entardecer, fechou os olhos e tentou sentir um pouco daquele vento que antecede a chuva de verão, percebeu que a vida é algo passageiro quando soube que uma menina tinha perdido a oportunidade de crescer por morrer de leucemia dois meses depois de descobrir a sua doença. Pensou um pouco e pode imaginar como seria a vida de seus pais, do trabalho, da rotina, das responsabilidades que os cabem, a intenção de sustentar uma família, construir uma carreira, lidar com pessoas diferentes, de pensamentos distintos de personalidade incongruentes.
Reconheceu que a sombra pode ser uma diversão se você sabe brincar com as mãos, ela pode ser pássaros ou um cachorrinho, que não é tão ruim ficar no silêncio. Respirou fundo e pausadamente e percebeu que o equilíbrio não é encarar a vida como se fosse uma maravilha, recheada de alegrias ebrias e festas cotidianas, mas encarar a vida é estar encorajado a enfrentá-la. A superação é uma energia que nos motiva a ir mais longe e isso ele percebeu quando não conseguia realizar uma tarefa, após consegui-la sentiu-se vitorioso, deu um sorriso e gritou: “Mãe, eu consegui!”. Dizer a você que no momento está difícil é fato, continuar persistindo e aprendendo é preciso, vencer é indescritível, uma felicidade instantânea se instala e você sorri e diz: Eu consegui.
A noite ameaçava chegar, aquele vento sapeca cessou, trouxe nuvens carregadas de água que caia lá fora molhando os vidros da veneziana agora fechada, o som da chuva foi percebido pelo garoto que também escreveu: Ouço a chuva com prazer, ela molha tudo e todos, ela não poupa, ela acalma, refresca e me faz bem. Assim como o sol que toca a terra e a grama úmida ele não privilegia. E foi assim que ele terminou de escrever, os reflexos do tempo através do seu olhar, e percebeu que cada um pode olhar de maneira diferente para tudo, porém para refletir temos que nos conhecer e saber o que nos faz bem. Esse bem não pode ser prejudicial aos outros, que um sorriso não encobre uma tristeza interior, porém é uma boa maneira de evitar falar de assuntos que não corresponde a outras pessoas. Que a felicidade está em cada instante de tempo compartilhado ou sozinho, daqueles instantes dedicados ao construir e conhecer, de viver deixando a simplicidade explícita e nos abstendo das efemeridades óbvias que nos cria e nos aprisiona. O resto passa, tudo passa, o que permanece são aquilo que gardamos dentro de nós.
Permita-se a reflexão nos minutos que acompanham a sua rotina, para que um dia não pensemos que a vida passou e não tivemos a oportunidade de fazer o nosso balanço diário, ainda que às vezes ele seja semanal ou até anual.
Sabe que este texto veio em hora oportuna?
ResponderExcluirMe sinto desencorajado ultimamente, mas suas palavras me fizeram relembrar minha força de vontade, minha real identidade!
Força de vontade e reflexão são os pontos chave para que possamos fazer o que devemos e queremos!
Obrigado!