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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Por aqui cai uma cortina fina de água

Por aqui cai uma cortina fina de água transparente, encharcam as ruas e são a alegria dos que desfrutam desse maravilhoso presente da natureza. Escrevo nessa manhã escutando músicas, com a janela entreaberta e você nos meus pensamentos. Hoje me reconheço um covarde que esconde seus sentimentos daqueles que precisam conhecê-lo. Sinto por tardar tanto em retornar as suas ligações e estou constrangido em admitir que fingia desconhecer as suas mensagens instantâneas quando eu não estava conectado. Vou expressar a minhas ilusões e o meu desejo sem censuras. Vou deixar que você conheça as minhas intenções. Tenho vontade de desfrutar momentos simples como este, de poder lhe escrever fazendo que a distância não seja incômodo algum para estreitarmos nossos corações. Quero narrar o meu cotidiano, quero saber do seu. Quero que sinta meu pensamento como telepatia. Carinho! Descobri tantas músicas por pensar em você freqüentemente, exercitei o poder da saudade, da iniciativa e da melancolia. Caminhei pelas calçadas pensando como seria se eu abandonasse essa minha ignorância, esse medo, por isso que estou aqui, escrevendo a você as mais sinceras verdades de um amedrontado, de um apaixonado. Ainda não lhe disse que os momentos que passamos juntos foram as mais agradáveis horas vividas, que sentindo a sua pele roçando a minha foi à certeza abstrata se materializando. Confesso que a insegurança me domina e aqui eu tento me desvencilhar para não me arriscar em perder mais tempo sem você. Não quero voltar pra casa sem a confiança que você me aceita, embora eu seja recheado de defeitos, mediocridades e escasso de astúcia, que às vezes a ingenuidade me perturba e eu fico imaginando como seria perfeito se você estivesse por aqui. Sei que você também precisa ouvir a minha felicidade, que precisa senti-la, você anseia pelo meu sorriso, pelos meus abraços longos, meus beijos demorados, meus sorrisos entre eles, tudo compartido com você se torna tão incrível. Mas você não teve coragem de escrevê-la e essa carta eu a fiz por você, como eu gostaria de tê-la recebido. Teria a lido com uma vontade ainda desconhecida.

“But I set fire to the rain,
Watched it pour as I touched your face,
Well, it burned while I cried,
'Cause I heard it screaming out your name, your name!”.
- Set Fire To The Rain – Adele -

3 comentários:

  1. Sabe Ângelo. Quanto eu anseio por palavras assim tipo as suas , escancaradas ditas sem nomes sem rótulos quase que gritadas para pessoa que gosta
    Sabe a muito ninguém escreve para mim , nem um sms imagina só uma carta dessa cheia de enfase e intenções
    Sabe me sinto triste e melancólico pois quando tive a oportunidade deixei escapar, quando tive ali entre os dedos , corpo a corpo, toque a toque quando pude fazer meu máximo não consegui
    Então digo pra você corra atras de sua felicidade não a deixe passar como eu mesmo fiz
    e sim continue dizendo palavras bonitas porque palavras confortam mais do que qualquer coisa...

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  2. Texto lindo, sentimentos lindos e uma música que a dias não sai da minha cabeça! Estava com saudades de passar por aqui e ler tudo isso que vc escreve!

    abraço e se cuida por aí!

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  3. uuuuuuuuuuuau Angelo, que palavras tocantes,
    a chuva seria certamente muito inspiradora de textos cheios de criatividade se vc vivesse aqui em Belém, a chuva é o acontecimento cotidiano de nossas tardes e fim de tardes, véu que balançam nossas muitas mangueiras... e nos refresca a alma...

    set fire to the rain combina tanto com meu mês de outubro... olhando pela janela do quarto e vendo o sol grande, bola de fogo se pondo sobre a Baía do Guajará e a chuva fina pra contrastar com a linda obra de arte, sempre inédita da natureza...

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