Créditos da imagem: A encontrei nessa postagem.
Por aqui é uma
madrugada de sábado, o domingo ainda não nasceu, pois o sol tardará mais cinco
ou seis horas a nascer. Ele bebe um vinho português ácido de alto teor alcoólico
e ouve música em inglês, outras em espanhol, salvo as músicas brasileiras que equilibram
o seu idioma torto.
O indivíduo é um
homem com síndrome de Peter Pan, de relações afetivas perturbadas, que
alimenta, consome, envelhece, passos naturais mortais de natureza intrínseca.
Ele segue sonhando e acreditando, tais crenças baseadas em um sentido de
respeito e confiança particular.
O vinho tinge a
taça de vidro e escorre por sua língua sedenta, podia ser uma metáfora se fosse
possível. Você, leitor, consegue atribuir sentido a esse amontoado de frases,
aparentemente desconexas? Percebe tal raciocínio embriagado? Talvez, se calhar,
você também já se sentiu meio assim, mas não foi corajoso o bastante para expor
a sua incredulidade e sanidade perante julgamentos tão injustos das lentes de
míopes, analistas sociais de cadeira que movimenta a sua “timeline”.
Ele foge da
explicação, é parente próximo da balbúrdia, é ser sendo! Se ele conseguisse
explicar que a cada música ouvida, compartida, gerasse um círculo vicioso entre
a magia da vida e a sua efemeridade se perderia na graça da sua intepretação.
Ah, mas não é
possível, então nos resta acreditar que cada pessoa tem seus dogmas, seu ato de
interpretar, alguns poderiam limitar à uma régua plana e chata como primitivos
ou libertários, reagindo a sentença falida e eminente.
Movimente-se! Uma
leve inclinação para a esquerda com o seu pescoço, lentamente, vai demonstrar que
você está tenso, relaxe e permita descobrir que viver é diferente de existir.
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